sábado, outubro 31, 2015

Fabrício Carpinejar retorna à poesia após oito anos

Escritor reflete sobre a vida a partir do olhar das mulheres presentes em seu velório


SÃO PAULO. Fabrício Carpinejar teve de morrer para escrever “Todas as Mulheres”, livro de poesia a ser lançado no dia 9 de novembro. A obra – um poema único separado apenas por marcações gráficas – tem como narrador um poeta que, do outro lado da vida, observa o próprio velório.
O espírito do poeta passa os olhos pelas mulheres presentes na cerimônia derradeira, e ele tenta responder (sem sucesso) a uma questão fundamental: “Quem mais me amou?”. Percebe, contudo, que a pergunta essencial é “quem eu mais amei?”. “A ideia é abordar o narcisismo, o querer ser amado”, diz Carpinejar.
“Todas as Mulheres” encerra um jejum de oito anos sem poesia, desde “Meu Filho, Minha Filha” (2007). Nesse período, Carpinejar lançou coletâneas de crônicas como “Para Onde Vai o Amor”, deste ano, e “Canalha!”, que arrebatou o Prêmio Jabuti na categoria contos e crônicas em 2009. Enquanto publicava sua prosa, dedicava-se à poesia na miúda: passou todo esse tempo escrevendo a obra que agora se apresenta.

G-F
Fabrício Carpinejar passou os últimos anos se dedicando à prosa

O Tempo

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