segunda-feira, fevereiro 29, 2016

“Universidade Capenga”


Canal no youtube comenta com bom humor sobre as 

bibliotecas universitárias.

A biblioteca é o lugar mais interessante da faculdade? 

As bibliotecas universitárias possuem ótimas estruturas? 

Todos os bibliotecários são legais? 

Quais são os erros mais comuns do usuários? 

A biblioteca universitária muda de acordo com os semestres 

da universidade? 

Essas e muitas outras questões são comentadas com ótimo 

bom humor por Sergio Ribs, do canal “Universidade 

Capenga”.

Confira o vídeo abaixo:




Internet como espaço público


cultura informacional
diga-me com quem andas...

 "Internet como espaço público", que contou com a participação do Sérgio Amadeu (Sociólogo), Peter Sunde (Pirate Bey), Niv Sardi (PopCorn Time), Javier de La Cueva (Advogado) e Joana Varon (Code Right).


Confira na íntegra: 



novo modelo de negócios




Pirataria não é páreo para a qualidade do Steam, diz 

fundador Plataforma oferece games 24 horas por dia, sem 

DRMs e travas regionais.


Para Gabe Newell, fundador da Valve e do Steam, a 


pirataria não é mais capaz de competir com o sistema de 

distribuição digital de jogos. Para ele, a qualidade inerente à 

plataforma, que disponibiliza jogos 24 horas por dia, sete 

dias por  semana, sem DRMs incômodos ou problemas 

regionais  deixa o serviço um passo à frente da galera do 

tapa-olho.

De acordo com Newell, em entrevista ao site The 

Cambridge Student, a ideia da empresa sempre foi investir 

em qualidade, de forma a fazer com que o consumidor 

tivesse certeza de que, ao pagar por um game, estaria 

adquirindo um serviço superior junto com ele. Nesse ensejo, 

a pirataria nunca foi uma questão para a Valve.




Letramento digital e informacional

O poliglotismo da atualidade está nas linguagens de programação





Ademais, vale a pena recordar a eloquente sentença preditiva de Douglas Rushkoff- "Programe ou será programado!" 
Este é um dilema não de tempos vindouros, senão já de nosso presente. 


Até há poucos anos era normal consignar que aprender um idioma diferente seria de grande utilidade a quem empreendesse tais estudos, visando oportunidades que talvez de outra maneira não aconteceriam. E conquanto agora esta recomendação não tenha perdido de todo o seu valor positivo, sim mudou o objetivo a que se dirige, pois o sentido tradicional de "aprender um idioma" passou dos tradicionais padrões culturais vigentes (inglês, espanhol, alemão, etc.) a outros que pouco a pouco abandonam as margens de interesses para ocupar uma posição mais central: as linguagens de programação informática.

Python, Rails, ASP, PHP, Java ou o elementar HTML, são só algumas das linguagens em que os poliglotas de nossa época estão fazendo incursões, talvez com a mesma intenção de outro tempo (ou ainda neste mesmo) quando uma pessoa qualquer estudava inglês ou mandarim: dar um passo em direção ao futuro e estar ali antes dos outros.

Por todo mundo multiplicam-se as pessoas e grupos, que organizados pelo autodidatismo ou pelo método tradicional de ensino aluno-professor, tentam aprender a maneira como funcionam as entranhas do que pode ser no futuro o único meio de comunicação e interação: a Internet; que neste caso é o único interesse e curiosidade compartilhado por estudantes, executivos e profissionais liberais.

Também há o propósito de não ficarem atrasados, pois como a história mostra frequentemente aqueles que perdem a oportunidade ficam em franca desvantagem e condenados a uma espécie de idade negra privada dos segredos que fazem funcionar o mundo que habitam: Sapiens dominabitur astris.

Sites como Code RacerWomen Who CodeRails for ZombiesTreehouse ou Codecademy atingiram um notável auge com a promessa de ensinar os fundamentos da programação a completos analfabetas digitais, Não para torná-los craques da programação, senão para dar uma ideia um pouco mais acabada dos segredos da Internet, das páginas que visitam diariamente e que possivelmente a ignorância destes rudimentos fazem parecer acontecimentos quase adjacentes à fantasia.

- "A gente pensa que vão nos ensinar como escrever a grande novela estadunidense, mas começamos aprendendo o que é um substantivo", diz Andrew Hyde, de 27 anos, que está escrevendo um livro de viagens e decidiu dar-se um tempo para também fazer um destes cursos on-line.



tradução LuisaoCS 
Via | NYTimes.

A magia dos números de fibonacci







O que é um algoritmo?

Embora a Chefe do motor de busca do Google tenha sido aposentando, a crianção de algorítimos ainda é a base da industrial digital da informação. HB

                         Algoritmo de tratamento de diabetes.

O propósito deste algoritmo Terapéutico de RedGDPS é auxiliar os médicos na tomada de decisão para a gestão individualizada de diabetes tipo 2O tratamento personalizado é atualmente o paradigma na abordagem terapêutica da diabetes tipo 2. Em tomada de decisão, os clínicos, tem que atender as características específicas da doença, comorbidade, as preferências do paciente e os recursos disponíveis. o objetivo deste algoritmo Terapêutico de RedGDPS é auxiliar os médicos na tomada decisões individualizadas para a gestão da diabetes tipo 2 Contemple situações clínicas em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 (excluindo gestantes), que foram considerados mais relevantes e freqüentes na nossa prática Estas recomendações não se destinam a servir como um padrão e não substituem o julgamento clínico ou excluir outras opções de tratamento que podem ser igualmente válidas e complementares. fatores administrativas ou econômicas podem também limitar as decisões de condição


                    15 Sorting Algorithms in 6 Minutes





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Uma forma de agregar valor, a sua formação e aprender ferramentas informacionais.
A programação abre portas para todas as profissões.




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domingo, fevereiro 28, 2016

Historia do linux

                                                 Historia do linux







Letamewnto informacional também envolve poder usar ferramentas que podem ser customizadas e aplicadas a seu dia a dia, o uso código aberto tem relação direta coma evolução do conhecimento humano.
Essa evolução tem como base a liberdade de desenvolvimento e construção de seu saber.



                  Onde aprender sobre o Linux  como usar:


https://www.udemy.com/aprendalinux/
Linux Academy
Como Usar
Open Cloud Academy
LinuxFoundation. org
Training Linux Foundation
Online Anderson Medeiros
Para começar a usar
Comandos Básicos
Linux Decomplicado

aprendendo linux passo a passo
Do Zero
Do zero
Foca
Apostilando 

linux aprender a programar

https://www.vivaolinux.com.br/artigo/10-dicas-para-aprender-a-programar-por-conta-propria
http://www.diolinux.com.br/2012/09/os-melhores-programas-para-programar-no-linux.html
http://www.linuxdescomplicado.com.br/2014/01/as-10-melhores-ides-de-programcao-para.html
http://www.hardware.com.br/livros/entendendo-linux/linguagens-programacao.html

Motivos para não usar Linux

sábado, fevereiro 13, 2016

A arte da mimese...

O cinema fingidor, finge tão completamente... 

Retrospectiva exibe no sábado a obra de onde tirou seu nome e que foi último longa finalizado por Orson Welles em vida






Fazer arte é criar. E criar é uma forma de mentir. Inventar algo que não existe e dar sentido a isso. A arte é, assim, uma mentira que nos permite enxergar e sentir coisas que a verdade não comporta. É isso que Orson Welles investigou no último longa que finalizou em vida, “Verdades e Mentiras”.
Misto de documentário e ficção, o longa questiona o que torna uma obra de arte verdadeira ou falsa: o ato de sua criação, ou a forma como é recebida e as emoções que desperta em seu público. Em síntese, onde está a verdade em algo que é, por definição, representação, mímese, uma cópia infiel da realidade?
E faz isso por meio da história de Elmyr de Hory, um dos maiores falsificadores de obras de arte do século XX; e de Clifford Irving, seu biógrafo que, posteriormente, também foi desmascarado por vender uma biografia falsa do bilionário Howard Hughes.

Brincando com a obsessão por realidade da produção dos anos 1970, Welles utiliza a linguagem do Cinema Verité, da câmera na mão às locações reais. Mas ao aparecer em cena narrando a obra como um ilusionista, e afirmando repetidas vezes que tudo que é dito e mostrado no filme é a mais pura verdade, ele deflagra isso ao desmascarar a figura do diretor, esse ser que cria subterfúgios para iludir o público e fazê-lo acreditar que aquela sequência de 24 fotos por segundo está mesmo em movimento – é “real”.
É por isso que a montagem é tão fundamental no filme. Ágil, por vezes desorientadora, é ela que impede o público de questionar se o que está sendo dito ali é mesmo verdade, ou mera encenação. E paradoxalmente, nesse jogo de manipulação, “Verdades e Mentiras” revela o cinema como a maior de todas as mentiras.
Porque, assim como em “Cidadão Kane”, o que interessa a Welles é como uma série de meias-verdades, ou inverdades, justapostas apropriadamente, pode oferecer algum sentido, alguma veracidade, ao final. Ele sabe que nem a mentira, nem a verdade, estão lá fora – elas estão dentro de quem as cria e as recebe.


Autopsicografia 

                                    
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 

E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração.


Fernando Pessoa


Legião Urbana
  

Sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus

Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também

Eu sei, eu sei

Feche a porta do seu quarto
Porque se toca o telefone
Pode ser alguém
Com quem você quer falar
Por horas e horas e horas

A noite acabou
Talvez tenhamos
Que fugir sem você
Mas não, não vá agora
Quero honras e promessas
Lembranças e histórias

Somos pássaro novo
Longe do ninho
Eu sei, eu sei



terça-feira, fevereiro 09, 2016

Educação para a Vida!

A UNIVERSIDADE NÃO DEVE NOS PREPARAR PARA O EMPREGO. ELA DEVE NOS PREPARAR PARA A VIDA.



[artigo originalmente publicado na New Republic]  fonte

Assim que a temporada de admissões na universidade acelera, tenho conversado com muitos jovens estressados com a decisão sobre que faculdade devem escolher. Como reitor de uma universidade dedicada à educação liberal, exorto-os a considerar a faculdade não apenas como uma oportunidade de adquirir competências específicas, mas como uma oportunidade notável para explorar a sua vida individual e social em conexão com o mundo em que eles vão viver e trabalhar.
Debates contenciosos sobre os benefícios – ou desvantagens – da ampla aprendizagem integradora, a aprendizagem liberal, são tão antigos quanto a própria América. Vários dos fundadores viram a educação como o caminho para a independência e liberdade. Um amplo comprometimento com a pesquisa era parte de sua dedicação à liberdade. Mas os críticos da educação também têm uma longa tradição. De Benjamin Franklin no século XVIII aos especialistas da Internet de hoje, eles atacaram sua irrelevância e elitismo – muitas vezes pedindo por mais instrução profissional.
Benjamin Franklin provavelmente teria tido alguma simpatia em relação à mensagem contra a universidade: “Você não precisa de faculdades. Saia e aprenda coisas em seu próprio país. Você acredita que é um inovador? Você pode prová-lo sem diploma. Você quer começar uma empresa de sucesso? Você não precisa da permissão de professores fora de alcance.” De Tom Paine a Steve Jobs, histórias de pessoas com inteligência e audácia o suficiente para educarem a si mesmas às suas próprias maneiras ressoam há tempos entre os americanos.
Mas Franklin também não via com bons olhos a exibição arrogante de provincianismo. Ele ficaria chocado com a atual mania de conduzir jovens a lugares cada vez mais estreitos em nome do “primeiro dia” de trabalho. Ele certamente reconheceria que, quando os líderes industriais e cívicos exigem especialização cada vez mais cedo, estão nos colocando num caminho que fará com que as pessoas sejam menos capazes enquanto cidadãos e ainda menos capazes de se adaptar às mudanças no mercado de trabalho.
Cidadãos capazes de ver através das contradições políticas ou burocráticas também são trabalhadores que podem defender seus direitos em face dos ricos e poderosos. A educação protege contra a tirania estúpida e o privilégio arrogante. A aprendizagem liberal não tem a ver apenas com treinamento numa especialidade; é um convite a pensar por si mesmo. Por gerações, cidadãos alfabetizados e bem preparados foram vistos como essenciais para uma república saudável. Cidadãos amplamente educados não são apenas um conjunto de habilidades – eles são pessoas inteiras. Para os críticos de hoje – geralmente utilizando jargões sofisticados do Vale do Silício -, no entanto, uma ampla e contextual educação é puro desperdício – não-monetizado – de escolaridade.
Não é à toa que, numa sociedade caracterizada por uma desigualdade de renda radical, a ansiedade sobre como obter o primeiro emprego vai levar muitos a apontar para as necessidades imediatas do mercado atual. O alto custo da faculdade e a dívida ruinosa que muitos assumem apenas pioram essa ansiedade. Neste contexto, alguns afirmam que a educação deve simplesmente preparar as pessoas para serem consumidores, ou, se são talentosas o suficiente, para serem “inovadoras”. Mas quando as necessidades do mercado mudarem – e elas certamente irão -, as pessoas com essa formação estreita ficarão sem sorte. Seus chefes, os responsáveis pela definição de tendências de mercado, ficarão bem, porque eles provavelmente nunca se limitaram a uma maneira ultra-especializada de fazer as coisas. Tome cuidado com os críticos da educação que ocultam o seu desejo de proteger privilégios (e desigualdade) nas vestes da reforma educacional.
“Se fizermos com que o dinheiro seja o objeto de treinamento do homem”, W.E.B Dubois escreveu no início do século XX, “vamos desenvolver fabricantes de dinheiro, mas não necessariamente homens”. Ele continuou a descrever como “a inteligência, a ampla simpatia, o conhecimento de como o mundo foi e de como ele é e a relação dos homens diante disso – este é o currículo do ensino superior que deve estar subjacente à verdadeira vida.” Sendo um bom pragmatista, DuBois sabia que era por meio da educação que desenvolvemos padrões de pensamento que se tornam padrões de ação. Como William James ensinou, o objetivo de aprendizagem não é chegar a verdades que de alguma forma correspondem à realidade. O objetivo da aprendizagem é a aquisição de melhores formas de lidar com o mundo, melhores formas de agir.
A educação liberal pragmática tem como objetivo capacitar os estudantes com meios poderosos de lidar com as questões que irão enfrentar no trabalho e na vida. É por isso que ela deve ser ampla e contextual, inspirando hábitos de atenção e crítica que serão recursos para estudantes anos após a graduação. Para desenvolver este recurso, os professores devem enxergar o estudante como uma pessoa completa, não apenas como um conjunto de ferramentas que pode ser aprimorado. Precisamos de ferramentas, é claro, mas a educação universitária precisa convidar os estudantes a aprender a aprender, criando hábitos de pensamento crítico e criativo independentes, que duram toda uma vida.


No século XIX, Emerson incitou os estudantes a “resistir à prosperidade vulgar que retroage sempre à barbárie”. Ele enfatizou que uma verdadeira educação iria ajudar o indivíduo a encontrar o seu próprio caminho através da expansão do seu mundo, e não de seu estreitamento: perceber tudo, mas imitar nada, ele pediu. O objetivo desta atenção cultivada não é descobrir alguma grande Verdade, mas também não é apenas preparar o indivíduo para o pior trabalho que provavelmente terá: o seu primeiro trabalho após a formatura.
Em vez disso, o objetivo da educação liberal é, nas palavras de John Dewey, “a experiência livre de rotina e capricho”. Esse objetivo fará com que haja mais pessoas eficazes no mundo, e isso vai ajudar para que elas continuem a crescer como pessoas inteiras além da universidade. Esse projeto, como a aprendizagem em si, nunca deve acabar.

ESCRITO POR:

Michael S. Roth

Google apresenta nova biblioteca de livros digitais apostando na evolução dos eBooks




Os ebooks já estão por aí há algum tempo, e desde o seu surgimento até os dias atuais, os formatos de livros digitais apresentam tão somente o conteúdo de um livro impresso nas telas de computadores, laptops, celulares e dispositivos como o Kindle ou Kobo. Entre as décadas de 90 e 2000, diversos formatos foram criados, diferentes dispositivos tentaram entrar no novo mercado, mas apenas com a Amazon os ebooks se consolidaram de fato como produtos comerciais.
Mesmo assim, desde então, poucos formatos se mostraram firmes entre os leitores de livros digitais. Os principais deles são o ePub, Mobi (ambos em código aberto), Azw (exclusivo do Kindle), Lit (para o Microsoft Reader) e o PDF, que mesmo não sendo considerado pelo mercado como ebook de fato devido a suas limitações editoriais, ainda é muito popular entre os fãs de literatura mais tecnológicos.
Mas o que todos eles tem em comum desde as origens dos livros digitais? O fato de que simplesmente contém o mesmo conteúdo dos livros físicos que encontramos nas livrarias. Eles trazem o texto, capa, ilustrações, e raros são os casos em que há algum conteúdo exclusivo, e ainda assim são apenas novas ilustrações ou capítulos extras. Claro que há vantagens, como índices interativos, a possibilidade de se integrar ao dicionário dos dispositivos, compartilhar trechos e comentários online, entre outros, mas nada novo em termos de conteúdos.
É bem verdade que o ePub3 tentou, em 2012, fornecer novos tipos de conteúdos aproveitando-se das possibilidades digitais, incluindo marcações HTML5 para incluir mais interatividade, vídeos, entre outros recursos, mas nada disso vingou. A Google, no entanto, acredita que será capaz de ultrapassar a barreira dos textos tradicionais e fornecer novos tipos de ebooks através do Editions at Play.
Trata-se de uma pequena biblioteca de livros experimentais que tiram proveito da conectividade com a Internet em dispositivos móveis atuais. O slogan da nova biblioteca digital da Google diz: "Nós vendemos livros que não podem ser impressos". Veja abaixo como os livros aparecerão nos smartphones.
Há apenas alguns livros disponíveis e outros serão lançados em um futuro próximo. Um dos livros é "A Verdade Sobre Cães e Gatos", de Sam Riviere e Joe Dunthorne, que conta com animações e até mesmo instruções para orientar o leitor através da leitura do conteúdo. Os usuários poderão alternar entre poemas e histórias de Riviere e Dunthorne a qualquer momento, por isso cada leitura será diferente.
O outro livro, que usa recursos ainda mais curiosos, é "Entradas e Saídas" de Reif Larsen. Esta história é contada através do Street View da Google e a narrativa combina locações reais e ficcionais.
Os livros são otimizados para serem lidos em smartphones e eles são compatíveis com aqueles que executam o Android 4.4 ou mais recente, assim como iOS 8 ou posteriores. Ainda assim, nem todos os aparelhos terão suporte para esses livros, então os usuários podem experimentá-los antes de fazer a compra.
Esta parece ser uma boa maneira de como livros digitais poderiam evoluir, e mesmo se isso ainda levar mais algum tempo até que a biblioteca cresça significativamente, a Google está disposta a ouvir todas as sugestões sobre a criação de livros digitais.
Por outro lado, autores de livros à moda atual talvez sejam ainda um tanto resistentes quanto à criação de conteúdos com novos recursos. Afinal, para a maioria desses artistas, o que vale é uma boa história para se contar. Se conteúdos como animações e outros tipos de recursos dentro das histórias são coisas que os próprios autores devem se preocupar, ou se surgirá parcerias com outros profissionais mais especializados nessas tecnologias, só o tempo dirá.
Para testar e adquirir por RS 17,6 os dois livros (em inglês), acesse os links abaixo:

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

efeito colateral do excesso de informação

Na era da informação  informação é poder,  sua ausência 
pode ser sintoma de ignorância.
Hoje com a oferta quase exponencial dela isso começa a 
causar efeitos em nossa vida e psique.  Héberle



INFORMAÇÃO EM EXCESSO, DECISÕES EM EXCESSO

A história íntima da sobrecarga cognitiva

(...)

A geração passada testemunhou uma explosão de opções apresentadas aos consumidores. 
Em 1976, um supermercado médio tinha 9 mil produtos distintos; hoje esse número inflou 
para 40 mil, embora uma pessoa comum satisfaça de 80% a 85% de suas necessidades num 
universo de apenas 150 artigos.3 Isso significa que precisamos ignorar 39 850 artigos em 
estoque.4 E estamos falando apenas de supermercados — estima-se que exista hoje mais 
de 1 milhão de produtos nos Estados Unidos (cálculo baseado nas unidades de 
manutenção de estoque, queles pequenos códigos de barras nos produtos que 
compramos).5

Todo esse processo de ignorar e optar tem um custo. Os neurocientistas descobriram que 
a falta de produtividade e de motivação pode ser resultado da sobrecarga de decisões. 
Embora a maioria de nós não tenha dificuldade em relativizar a importância das decisões, 
o cérebro não faz isso automaticamente. Ioana sabia que era mais importante 
acompanhar os estudos do que escolher a caneta que compraria, mas a simples situação 
de lidar com tantas decisões triviais na vida cotidiana criou uma fadiga neuronal que não 
deixou nenhuma energia de sobra para as decisões importantes. Pesquisas recentes 
mostraram que pessoas obrigadas a tomar uma série de decisões exatamente deste tipo — 
por exemplo, escrever com uma caneta de ponta de feltro ou esferográfica — 
demonstram uma piora no controle dos impulsos e um decréscimo do bom senso em 
relação a decisões 
subsequentes.6

É como se nosso cérebro fosse configurado para tomar um determinado número de 
decisões por dia, e, chegando a este limite, não pudéssemos decidir qualquer outra coisa, 
a despeito da sua importância. Uma das mais úteis e recentes descobertas da 
neurociência pode ser assim resumida: no nosso cérebro, a rede de tomada de decisões 
não determina prioridades.
Hoje nos defrontamos com uma quantidade inacreditável de informações, e cada um de 
nós gera mais informação do que nunca na história da humanidade. O ex-cientista da 
Boeing e articulista do New York Times, Dennis Overbye, comenta que esse fluxo de 
informação contém “cada vez mais informações sobre nossas vidas — onde fazemos 
compras e o que compramos, e, na verdade, onde nos encontramos neste exato instante 
—, a economia, os genomas de incontáveis organismos que nem sequer conseguimos 
nomear, galáxias cheias de incontáveis estrelas, engarrafamentos em Cingapura e o 
tempo em Marte”. E essas informações “jorram cada vez mais depressa em computadores 
cada vez mais potentes, chegando até as pontas dos dedos de todas as pessoas, que hoje 
dispõem de máquinas com poder de processamento maior do que o controle da Missão 
Apolo”.7

Os cientistas da informação quantificaram tudo isso: em 2011, os americanos receberam 
cotidianamente cinco vezes mais informação do que em 1986 — o equivalente a 175 
jornais.8

Durante nosso tempo ocioso, excluindo o trabalho, cada um de nós processa 34 gigabytes 
ou 100 mil palavras por dia.9

As 21.274 estações de tv do mundo produzem 85 mil horas de programação original 
diariamente, enquanto assistimos a uma média de cinco horas de televisão por dia, o 
equivalente a 20 gigabytes de imagens de áudio-vídeo.10 Isso sem contar o YouTube, que 
faz um upload de 6 mil horas de vídeo a cada hora.11 E os jogos no computador? Eles 
consomem mais bytes do que todo o resto da mídia junto, inclusive dvds, tv, livros, 
revistas e a internet.12

Só a tentativa de manter organizados os nossos arquivos eletrônicos e de mídia pode ser 
agonizante. Cada um de nós possui o equivalente a mais de meio milhão de livros 
armazenado em nossos computadores, sem falar em toda a informação guardada em 
nossos celulares ou na fita magnética no verso de nossos cartões de crédito. Criamos um 
mundo que possui 300 hexa bytes (300 000 000 000 000 000 000 itens) de informação 
produzida pelo homem. Se cada um desses itens de informação fosse escrito em fichas 3 
×  5, postas lado a lado, apenas a parte que cabe a uma pessoa — a sua parte dessa 
informação — cobriria cada centímetro quadrado de um país como a Suíça.

Nossos cérebros possuem, sim, a capacidade de processar a informação que recebemos, 
mas a um custo: podemos ter dificuldade em separar o trivial do importante, e processar 
toda essa informação cansa. Os neurônios são células vivas que possuem um metabolismo; 
precisam de oxigênio e glicose para sobreviver, e, quando muito exigidos, o resultado é 
que sentimos cansaço. Cada atualização de status que você lê no Facebook, cada tuíte ou 
mensagem de texto que recebe de um amigo compete no seu cérebro por recursos para 
lidar com coisas importantes, como resolver se vai investir sua poupança em ações ou 
títulos, descobrir onde deixou o passaporte ou qual a melhor maneira de se reconciliar 
com um grande amigo com o qual você acabou de ter um desentendimento.

(...)
Muitos casos de perda de chaves do carro, passaportes, dinheiro, recibos e assim por 
diante ocorre porque nossos sistemas de atenção estão sobrecarregados e simplesmente 
não conseguem dar conta de tudo. O americano comum possui milhares de vezes mais 
pertences do que o caçador-coletor comum. Num sentido verdadeiramente biológico, 
temos de controlar mais coisas do que aquilo que nosso cérebro foi projetado para 
controlar. Até eminentes intelectuais como Kant e Wordsworth reclamavam do excesso de 
informação e da absoluta exaustão mental induzidos por absorção sensorial em demasia 
ou sobrecarga mental.18 Contudo, não há motivo para perder a esperança! Mais do que 
nunca há sistemas externos eficazes, disponíveis para organizar, categorizar e controlar as 
coisas. No passado, a única opção era uma série de assistentes humanos. Mas agora, na 
era da automação, existem outras opções. A primeira parte deste livro é sobre a biologia 
subjacente ao uso desses sistemas externos. A segunda e terceira parte mostram como 
podemos utilizá-los para controlar nossas vidas, ser eficientes, produtivos, felizes e 
menos estressados num mundo interligado, cada vez mais cheio de distrações.

A produtividade e a eficiência dependem de sistemas que nos ajudem a organizar as 
coisas por meio da categorização. O impulso de categorização evoluiu pelas conexões pré-
históricas nos nossos cérebros até sistemas neuronais especializados que criam e 
preservam amálgamas coerentes e significativos de coisas — alimentos, animais, 
ferramentas, membros da tribo —, enfeixando-as em categorias coerentes. No fundo, a 
categorização reduz o esforço mental e simplifica o fluxo de informação.19 Não somos a 
primeira geração de seres humanos a reclamar do excesso de informação.

(...)

________________________________________


A sobrecarga de informação, antes e hoje

(...)
Se temos um filtro de atenção tão eficaz, por que não conseguimos bloquear distrações 
de maneira mais eficiente? Por que a sobrecarga de informação representa tamanho 
problema agora?
Por um lado, hoje em dia trabalhamos mais do que nunca. A promessa de uma sociedade 
computadorizada, nos diziam, era a de que todo o trabalho chato e repetitivo seria 
relegado às máquinas, permitindo que os humanos perseguissem suas metas mais 
elevadas  e gozassem de mais lazer. Mas não funcionou assim. Em vez de dispor de mais 
tempo, a  maioria de nós dispõe de menos. As grandes e pequenas empresas empurraram o trabalho 
para cima dos consumidores. As coisas que costumavam ser feitas para nós, como parte 
do benefício de trabalhar com uma empresa, agora somos nós mesmos que temos que 
fazer. 
Nas viagens aéreas, hoje exigem que nós mesmos façamos nossas próprias reservas e 
check-in, tarefas que costumavam ser feitas pelas companhias aéreas ou os agentes de 
viagens. No supermercado, exigem que nós mesmos empacotemos as compras. Algumas 
empresas deixaram de nos mandar faturas de serviço — esperam que entremos no site 
delas, encontremos nossa conta e iniciemos um pagamento eletrônico: na verdade, que 
façamos o trabalho para a própria empresa. Coletivamente, isso é conhecido como 
trabalho à sombra — representa uma espécie de economia paralela, na qual boa parte do 
serviço que esperávamos receber das empresas foi transferida para o cliente.48 Cada um 
de nós está fazendo o trabalho de outras pessoas, sem ser remunerado. Isso é responsável 
por tirar de nós muito tempo do lazer que todos achávamos que teríamos no século XXI.


Além de trabalhar mais, lidamos com mais mudanças na tecnologia da informação do que 
nossos pais, e mais como adultos do que quando éramos crianças. O americano comum 
substitui o celular a cada dois anos, e isso muitas vezes significa ter que lidar com um 
novo software, novas teclas, novos menus.49 Trocamos o sistema operacional de nossos 
computadores a cada três anos, e isso requer o aprendizado de novos ícones e 
procedimentos, e de novas posições para os velhos itens do menu.50

Mas, acima de tudo, como diz Dennis Overbye, “desde os engarrafamentos em Cingapura 
ao tempo em Marte”, recebemos uma quantidade muito maior de informação. A 
economia global significa que estamos expostos a uma quantidade enorme de informação 
a que nossos avós não estavam. Ouvimos falar de revoluções e problemas econômicos de 
países a meio mundo de distância, no momento em que estão acontecendo; vemos 
imagens de lugares que jamais visitamos e ouvimos idiomas que nunca ouvimos antes. 
Nossos  cérebros absorvem avidamente tudo isso porque é para isso que foram 
projetados, mas, ao mesmo tempo, todo esse negócio está competindo por recursos 
neuronais de atenção dirigidos às  coisas que precisamos saber para tocar nossas vidas.
Há uma evidência crescente de que abraçar novas ideias e novos aprendizados nos ajuda 
a  viver mais e a evitar o mal de Alzheimer — além das vantagens tradicionalmente 
associadas à expansão de nosso saber. Por isso o problema não é absorver menos 
informação, e sim ter sistemas para organizá-la.
A informação sempre foi o recurso-chave de nossas vidas. Permitiu-nos aperfeiçoar a 
sociedade, a assistência médica, as tomadas de decisão, a gozar de crescimento 
econômico e pessoal, e escolher melhor nossos funcionários públicos eleitos.51 Mas trata-
se também de um recurso cuja aquisição e o funcionamento têm um custo bastante alto. 
À medida que o conhecimento se tornou mais disponível — e descentralizado via internet 
—, as noções de autenticidade e de autoridade foram se tornando cada vez menos 
transparentes. Temos acesso mais fácil do que nunca a pontos de vista conflitantes, 
muitas vezes disseminados por gente despida de qualquer respeito pelos fatos ou pela 
verdade. Muita gente não sabe mais em que acreditar, o que é verdade, o que foi 
alterado e o que passou por um crivo criterioso. Não temos tempo nem conhecimento 
para pesquisar sobre cada pequena decisão. Em vez disso, dependemos de autoridades 
confiáveis, jornais, rádio, tv, livros, às vezes o cunhado, o vizinho perfeito, o taxista que 
nos deixou no aeroporto, nossa memória ou alguma experiência do tipo... às vezes essas 
autoridades merecem confiança, às vezes não.
(...)
Uma affordance gibsoniana descreve um objeto cujo feitio, de certo modo, indica ou 
fornece a informação sobre a maneira de utilizá-lo.
(...)
É por isso que os ganchos para chaves funcionam. Controlar as coisas que você perde com 
frequência, como chave do carro, óculos e até carteira, envolve a criação de affordances 
(formas que proporcionam o uso desejado) que reduzam o fardo de seu cérebro 
consciente. Nesta época de sobrecarga de informação, é importante conquistarmos o 
controle do ambiente e alavancarmos nosso conhecimento sobre o funcionamento 
cerebral. A mente organizada cria affordances e categorias que permitem uma navegação 
com pouco esforço no mundo de chaves de carro, celulares e centenas de detalhes 
diários, ajudando-nos também a abrir caminho no mundo das ideias do século xxi.
Trechos acimas extraídos de: A mente organizada: como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação

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