sábado, janeiro 30, 2016

VIDA LONGA À WEB

Esse artigo de 2001 traz as questões de liberdade, democracia a acesso a  informação que todos devemos levar em conta com relação ao paradigma da biblioteca e como ativistas e profissionais da informação temos de reconhecer o Paradigma Informacional e sua implicações para nosso vida. e nossa sociedade.  
Héberle Babêtto


Ela é decisiva não só para a revolução digital, mas para a contínua prosperidade e liberdade individual. Como a democracia, a web deve ser defendida e preservada


Tim Berners-Lee   SCIAM
A WORLD WIDE WEB ESTREOU NO MEU PC EM DEZEMBRO DE 1990, em Genebra, na Suíça. Ela consistia em um site e um navegador, reunidos no mesmo computador. A configuração simples demonstrava um conceito profundo: qualquer pessoa podia compartilhar informações com outras, em qualquer lugar. Construído sobre esse princípio, a web espalhou-se rapidamente. E agora, no seu 20º aniversário, está totalmente incorporada ao nosso cotidiano. Contamos com ela como antes fazíamos com a eletricidade.

A web tornou-se uma ferramenta poderosa e onipresente porque foi proposta com princípios igualitários e porque, apoiados nesse espírito, milhares de pessoas, universidades e empresas trabalharam, separadamente ou como parte do World Wide Web Consortium, para expandir seus recursos.

O mundo da web como o conhecemos, no entanto, está sendo ameaçado de diferentes formas. Alguns dos seus habitantes mais bem-sucedidos começaram a solapar esses princípios básicos. Grandes sites de redes sociais isolaram do restante da web as informações postadas por seus usuários. Provedores de internet sem fio tentam retardar o tráfego de sites com os quais não mantêm acordos. Governos -- totalitários e democráticos -- estão monitorando os hábitos on-line das pessoas, colocando em risco importantes conquistas na área dos direitos humanos.

Se nós, usuários da web, permitirmos o crescimento desenfreado dessas e de outras tendências, ela poderá ser fragmentada em ilhas isoladas. Perderemos a liberdade de nos conectar a quaisquer sites. Os efeitos deletérios dessa situação serão estendidos a outros portais de informação, como smartphones e pads.

Por que você deve se preocupar com essas ameaças? Porque a web é sua. É um recurso público do qual você, sua empresa, sua comunidade e seu governo dependem. A web também é vital para a democracia, como canal de comunicação que possibilita um contínuo diálogo mundial. A web hoje é mais decisiva para a liberdade de expressão que qualquer outro veículo de mídia.

Ainda assim, parece que as pessoas pensam que a web é uma espécie de obra da Natureza e que, se ela começar a definhar, bem, será apenas outro infortúnio que não pudemos evitar. Mas não é assim. Criamos a web desenhando protocolos e softwares. O processo está totalmente sob nosso controle. Escolhemos quais propriedades ela deve ter ou não. De forma alguma ela se acabou (e certamente não morreu). Se quisermos continuar monitorando o que o governo e as empresas fazem, entender o estado real do planeta, encontrar a cura da doença de Alzheimer ou apenas compartilhar nossas fotos com amigos, devemos assegurar que os princípios da web continuem intactos – não só para preservar o que conquistamos, mas para usufruir grandes avanços que ainda virão.
UNIVERSALIDADE É A BASE

VÁRIOS PRINCÍPIOS SÃO FUNDAMENTAIS para garantir que a web continue cada vez mais valiosa. O princípio de design essencial à utilidade e ao crescimento é a universalidade. Quando as pessoas criam um link, devem poder relacioná-lo a qualquer coisa que desejem, independentemente do hardware de que dispõem (computador fixo ou móvel, de tela grande ou pequena), do idioma que falam, do software usado, ou do tipo de conexão à internet (com ou sem fio). A web deve ser acessível a deficientes. Deve funcionar com qualquer formato de informação (documentos ou dados), de qualquer qualidade – seja um tweet bobo ou uma peça erudita.

Essas características podem parecer óbvias ou não, importantes ou não. Mas são elas que garantem que o próximo site que fizer sucesso na web, ou a simples home page do time de futebol do seu fi lho, vão aparecer na web sem qualquer dificuldade. Universalidade é a grande demanda por parte de qualquer sistema. Descentralização é outro aspecto importante do design. Você não precisa da aprovação de uma autoridade central para adicionar uma página ou criar um link. Precisa apenas usar três simples protocolos-padrão: escrever a página no formato HTML (Hypertext Markup Language), nomeá-la por meio do URI (Uniform Resource Identifier), e servi-la na internet via http (Hypertext Transfer Protocol). A descentralização possibilitou inovações, e assim será também no futuro.

O URI é a chave da universalidade. (Originalmente denominei esse esquema de nomeação como Universal Resource Identifi er, mas, depois, ele se tornou mais conhecido como URL, ou uniform resource locator.) O URI permite que você siga qualquer link, independentemente do conteúdo a que ele remete, ou de quem publica esse conteúdo. Os links agregam valor ao conteúdo da web, tornando- a um espaço interconectado de informação.

Várias ameaças à universalidade da web surgiram recentemente. As empresas de TV a cabo, que também vendem conexão à internet, estão pensando em restringir os downloads apenas ao seu próprio mix de entretenimento. As redes sociais apresentam outro tipo de problema: Facebook, LinkedIn, Friendster e outros sites de relacionamento em geral adicionam valor via informações capturadas quando você entra nos sites – o dia do seu aniversário, seu endereço de e-mail, seus gostos e seus amigos (revelados por links e fotos). Essas redes reúnem os dados em brilhantes databases e utilizam as informações para fornecer serviços de valor agregado – mas apenas dentro dos próprios sites. Se você entrar com seus dados em um desses serviços, não poderá usá-los facilmente em outro site. Cada um é um silo isolado dos outros. Sim, as páginas do seu site estão na web, mas não os seus dados. Você pode acessar uma página com uma lista de pessoas que criou em um site, mas não pode enviar essa lista, ou itens dela, para outro site.

Esse isolamento acontece porque cada fragmento de informação não tem um URI. Conexões entre dados existem apenas dentro de um site; quanto mais dados você fornece, mais fica “trancado” dentro dele. Sua rede social torna-se assim uma plataforma central – um silo fechado de conteúdo, que não lhe dá pleno controle sobre suas próprias informações. À medida que esse tipo de arquitetura se generaliza, a web torna-se cada vez mais fragmentada.
O perigo disso é que um site de relacionamento social – ou um portal de busca, ou um navegador – cresce tanto que se torna um monopólio, limitando as inovações. Como acontece desde o início da web, a melhor defesa contra empresas ou governos que tentam “minar” a universalidade são as contínuas inovações criadas pelos próprios internautas.

A possibilidade de qualquer site ligarse a outros é condição necessária, mas não suficiente para uma web robusta. As tecnologias básicas da rede devem estar disponíveis, sem pagamento de royalties, tanto a pessoas quanto a empresas. A Amazon.com, por exemplo, que surgiu como uma livraria on-line, só conseguiu evoluir para uma imensa loja de música e de produtos em geral porque teve acesso aberto e gratuito aos padrões técnicos da web. Como qualquer outro usuário, o site usou HTML, URI e HTTP sem precisar de autorização de ninguém e sem pagar um centavo para isso. Também usou os avanços dos padrões desenvolvidos pela web Consortium para permitir que seus clientes preenchessem os pedidos em formulários virtuais, fizessem seus pagamentos on-line, classificassem os produtos comprados, e assim por diante.

PADRÕES ABERTOS E INOVAÇÕES
“PADRÕES ABERTOS”, NA MINHA CONCEPÇÃO, SÃO AQUELES CUJO DESENVOLVIMENTO PODE ENVOLVER QUALQUER PERITO responsável; que são amplamente aceitos; disponibilizados na web; livres de royalties tanto para desenvolvedores como para usuários. São os padrões que permitem a imensa diversidade de sites – de grandes nomes como Amazon, Craigslist e Wikipédia, até obscuros blogs de hobbies e de vídeos caseiros criados por adolescentes.

Abertura também signifi ca não depender de autorização. Quando a web surgiu, não precisei de permissão de ninguém. Nem precisei pagar royalties à internet pelo uso de padrões abertos como TCP (transmission control protocol) e IP (internet protocol). Segundo a política de patentes do web Consortium, empresas, universidades e pessoas que contribuem para o desenvolvimento de um
padrão não podem cobrar royalties.

Isso tudo não implica que empresas ou pessoas não possam cobrar pelo uso de seus blogs ou programas de compartilhamento de fotos. Elas podem. E talvez você se disponha a pagar, se os achar “melhores” que outros. O fato é que os padrões abertos permitem muitas opções, gratuitas ou não.

Na verdade, muitas empresas investem dinheiro no desenvolvimento de aplicações extraordinárias, exatamente por confiarem que as aplicações funcionarão para quaisquer pessoas, independentemente do hardware, do sistema operacional ou do provedor de serviços de internet (ISP) usados – todos viabilizados pelos padrões abertos da web. É essa mesma confiança que estimula os cientistas a investir milhares de horas na criação de incríveis databases que podem ser compartilhados na busca da cura de muitas doenças. E que também encoraja governos, como o americano ou do Reino Unido, a se tornarem cada vez mais transparentes, fornecendo mais e mais dados que serão inspecionados on-line pelos cidadãos. Os padrões abertos também favorecem as criações feitas ao acaso e utilizadas de formas nunca antes imaginadas. Constatamos isso diariamente na web.
Em contraste, a não utilização de padrões abertos cria mundos fechados. Por exemplo, o sistema iTunes, da Apple, identifica músicas e vídeos por meio de URIs abertas. Mas em vez de “ttp:”, os endereços começam com “itunes:”, que é proprietário. Se você quiser acessar um link “itunes:”, terá de usar o programa iTunes da empresa. Não poderá enviar o link para ninguém, nem usá-lo para descobrir informações sobre determinada música ou banda. Isso porque você não está mais na web. O mundo iTunes é centralizado e isolado. Você está preso no interior de uma única loja, não está no mercado aberto. Apesar de todos os aspectos maravilhosos do site, sua evolução é limitada pela visão da Apple.

WEB SEPARADA DA INTERNET

HÁ OUTRAS EMPRESAS criando mundos fechados. A tendência das revistas de produzir aplicativos para smartphones, por exemplo, é perturbadora porque esse material está fora da web. Você não pode incluí-lo nos seus favoritos, nem remeter o link de uma página por e-mail ou Twitter. Melhor seria construir aplicações web que também possam ser executada nos navegadores de smartphones; e as técnicas para isso estão cada vez melhores.

Algumas pessoas não se incomodam com mundos fechados, por serem fáceis de usar e porque satisfazem suas necessidades. Mas, como vimos na década de 1990 com o sistema de informação discado da America On-line, esses “jardins murados”, por mais agradáveis que sejam, nunca poderão competir em diversidade, riqueza e inovações com o louco e vibrante mercado da web fora dos seus portões. Se um jardim murado controla demais um mercado, isso poderá atrasar seu crescimento externo.

A universalidade da web e os padrões abertos ajudam as pessoas a inventar novos serviços. Mas um terceiro princípio – a separação de camadas – distingue o desenho da web do desenho da internet. Essa separação é fundamental. A web é uma aplicação executada na internet, que é uma rede eletrônica que transmite pacotes de informação entre milhões de computadores segundo alguns protocolos abertos. Comparativamente, a web é como um eletrodoméstico que funciona na rede elétrica.

Uma geladeira ou uma impressora só funciona de acordo com alguns protocolos padrões – nos Estados Unidos, por exemplo, operam em 120 volts e 60 hertz e no Brasil há uma diversidade. De forma similar, qualquer aplicação – seja web, e-mail ou mensagem instantânea – pode ser executada na internet desde que utilize alguns protocolos-padrão, como TCP e IP.

Os fabricantes podem aprimorar geladeiras e impressoras sem alterar a forma em que a eletricidade funciona, e as concessionárias de energia podem melhorar a rede elétrica sem alterar o funcionamento dos eletrodomésticos. As duas camadas de tecnologia trabalham juntas, mas podem avançar de formas independentes. O mesmo acontece com a web e a internet. A separação de camadas é crucial para a inovação. Em 1990, a web surgiu na internet sem qualquer mudança da própria internet, da mesma forma que todas as melhorias posteriores. As conexões com a internet, por exemplo, aceleraram de 300 bits por segundo para 300 milhões de bits por segundo (Mbps) sem que a web precisasse ser redesenhada.
DIREITOS HUMANOS ELETRÔNICOS
APESAR DE OS DESENHOS DA INTERNET E DA WEB serem separados, um usuário da web também é um usuário da internet, e ambas devem ser livres de interferências externas. Nos velhos tempos, era tecnicamente muito difícil para uma empresa ou governo manipular a internet para espionar um usuário da web. Mas isso mudou com os avanços tecnológicos. Em 2007, a BitTorrent, empresa cujo protocolo de rede “peer-to-peer” permite o compartilhamento de música, vídeo e outros arquivos via internet, queixou-se à Federal Communications Commission (FCC), nos Estados Unidos, de que a gigantesca ISP Comcast estava bloqueando ou retardando o tráfego dos assinantes que usavam a aplicação BitTorrent. A FCC exigiu que a Comcast interrompesse a prática, mas em abril de 2010 uma corte federal arbitrou que o caso estava fora da jurisdição da FCC.

De modo geral, um ISP confi ável administra o tráfego de forma transparente, alertando os usuários que, dependendo da largura de banda, em alguns casos a velocidade pode cair – o que é muito diferente de usar o poder para discriminar assinantes. Essa distinção destaca o princípio de neutralidade da rede. A neutralidade sustenta que, se eu e você pagamos por conexões de mesma qualidade (digamos, 300 Mbps), então nossas comunicações devem ocorrer à mesma velocidade. O conceito evita que um grande ISP use 300 Mpbs para enviar ao assinante um vídeo de uma empresa de mídia da qual é proprietário, mas reduza a velocidade ao mandar um vídeo de uma empresa concorrente – o que configura discriminação comercial. Pode haver outras complicações. E se o ISP facilitar a sua conexão com uma determinada loja on-line de sapatos, mas dificultar o acesso a outras? Ou se discriminar o site de determinado partido político, ou determinada religião?

NÃO À ESPIONAGEM

EM AGOSTO, POR ALGUM MOTIVO, o Google e a Verizon infelizmente sugeriram que a neutralidade da rede não deve se aplicar a conexões de telefones móveis. Muitos habitantes de áreas rurais, de Utah, nos Estados Unidos, a Uganda, na África, acessam a internet apenas via celular; eliminar a neutralidade dos serviços sem fio seria discriminar esses usuários. Também é bizarro imaginar que o meu direito de acesso à informação valha apenas para o computador da
minha casa, conectado via WiFi, mas não para o meu celular.

Um meio neutro de comunicação é a base da economia de mercado justa e competitiva, da democracia e da ciência. No ano passado, a polêmica se acirrou: a neutralidade da rede deve ser protegida por legislação governamental? Deve. Mesmo que a internet e a web possam prosperar melhor na ausência de regulação, alguns valores básicos devem ser legalmente preservados.

Outras ameaças à web resultam de intromissões ilegais na internet. Em 2008, a empresa Phorm inventou uma forma de os ISPs espionarem os pacotes de informação que remetem, permitindo-lhes identificar o URI de qualquer usuário que estiver navegando. Com isso, um ISP pode criar um perfi l dos sites frequentados e produzir propaganda direcionada.
Acessar as informações de um pacote de internet é o mesmo que grampear um telefone ou violar uma caixa de correio. Os URIs revelam muita coisa sobre os usuários. Uma empresa pode, por exemplo, comprar o perfi l do URI de alguém que procura emprego e usar a visão política da pessoa para impedir sua contratação. As companhias de seguros podem discriminar os que buscam informações médicas (sintomas de ataques cardíacos, por exemplo). Mal-intencionados podem usar os perfi s para espreitar pessoas. Se soubéssemos que os nossos cliques podem ser monitorados, e os dados compartilhados, usaríamos a web de forma muito diferente.

A liberdade de expressão também deve ser protegida. A web deve ser como um papel em branco: pronto para ser escrito, mas sem qualquer controle sobre o que é escrito. Neste ano, o Google acusou o governo chinês de entrar em seus databases para procurar e-mails de dissidentes. As alegadas invasões ocorreram depois que o Google resistiu à exigência do governo de censurar certos documentos.

Os governos totalitários não são os únicos a violar os direitos civis. Uma lei criada na França, em 2009, chamada Hadopi, autorizou uma nova agência com esse nome a desconectar qualquer domicílio da internet, por um ano, caso algum morador seja acusado de roubar músicas ou vídeos das empresas de mídia. Mas, após muita polêmica, o Conselho Constitucional da França exigiu, em outubro, que um caso seja avaliado por um juiz antes que o acesso à internet seja revogado. No Reino Unido, a Digital Economy Act (Lei da Economia Digital), aprovada apressadamente em abril, permite que o governo ordene o encerramento da conexão de qualquer pessoa incluída em uma lista de suspeitos de violação de direitos autorais. Em setembro, o Senado americano apresentou a Combating On-line Infringement and Counterfeits Act (Lei de Combate a Infrações e Falsifi cações On-line), que poderá autorizar o governo a criar uma lista negra de sites acusados de transgressões e a exigir que eles sejam bloqueados por todas as ISPs (isso valeria para sites hospedados dentro ou fora do país).

Nesses casos, as pessoas não teriam direito aos devidos processos legais que as protegeriam de ser desconectadas ou de terem seus sites bloqueados. Como, de muitas formas, a web tornou-se crucial para nossas vidas e nosso trabalho, a desconexão representa uma forma de privação de liberdade. Se pudéssemos recorrer à Magna Carta, seria a hora de afirmar: “Nenhuma pessoa ou organização será privada da capacidade de se conectar a outras sem o devido processo legal e a presunção de inocência”.

Quando nossos direitos são violados, a reação pública é crucial. Cidadãos do mundo todo objetaram às exigências da China contra o Google. Hillary Clinton, secretária de Estado americana manifestou o apoio de seu governo ao portal e sugeriu que a liberdade na internet e na web deva se tornar um princípio formal da política exterior do país. Em outubro, a Finlândia instituiu que o acesso de banda larga de 1 Mbps é um direito legal de todo cidadão.
LINK PARA O FUTURO

SE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA WEB forem mantidos, sua contínua evolução não será controlada por nenhuma pessoa ou organização. Se pudermos preservar os princípios, a web promete alguns fantásticos recursos para o futuro.

Por exemplo, a mais recente versão HTML, chamada HTML5, não é apenas uma linguagem de marcação, mas uma plataforma que tornará as aplicações web ainda mais poderosas. A proliferação de smartphones dará à rede papel ainda mais central em nossas vidas. O acesso sem fio será uma dádiva especial para os países em desenvolvimento, onde muita gente não dispõe de acesso por fio ou cabo. Certamente, ainda há muito a fazer, como a acessibilidade de pessoas deficientes e a criação de páginas que funcionem bem em todas as telas – dos imensos displays 3-D, que cobrem uma parede inteira, até janelas para relógios de pulso.

Um grande exemplo das promessas futuras, e que impulsiona todos os princípios, são os dados vinculados (linked data). A web atual é bastante eficaz para ajudar pessoas a publicar e procurar documentos, mas nossos programas de computador não conseguem ler ou manipular os dados reais desses documentos. À medida que o problema for resolvido, a web se tornará muito mais útil, porque os dados sobre quase todos os aspectos das nossas vidas estão sendo criados a uma velocidade espantosa. Trancados dentro deles estão o conhecimento sobre a cura de doenças, o incremento do valor dos negócios e a governança mais eficaz do nosso mundo.

Os cientistas estão à frente de alguns dos maiores esforços para a colocação de dados vinculados na web. Os pesquisadores estão percebendo, por exemplo, que nenhum laboratório ou repositório de dados on-line é sufi ciente para a descoberta de novas drogas. As informações necessárias para a compreensão das complexas interações entre doenças, processos biológicos humanos e a vasta gama de agentes químicos atualmente se encontram espalhadas pelo mundo todo, em miríades de databases, planilhas e documentos.

Um dos sucessos já obtidos está relacionado à descoberta de drogas contra a doença de Alzheimer. Vários laboratórios de pesquisa, tanto governamentais como corporativos, abriram seus dados para criar a Alzheimer’s Disease Neuroimaging Initiative. Eles postaram uma imensa quantidade de informações de pacientes e tomografi as de cérebros com dados vinculados, aos quais estão recorrendo para desenvolver suas pesquisas. Eu presenciei uma demonstração disso, quando um cientista apresentou uma pergunta: “Quais proteínas estão envolvidas em transdução de sinal e relacionadas a neurônios piramidais?”. Colocada no Google, a pergunta obteve 233 mil hits e sequer uma resposta. Colocada no mundo de databases vinculados, no entanto, retornou um pequeno número de proteínas com aquelas propriedades.

Os setores de investimento e finanças também podem se beneficiar com os dados vinculados. O lucro é gerado, em grande parte, pela descoberta de padrões em conjuntos cada vez mais diversos de fontes de informação. Os dados também atuam sobre nossas vidas pessoais: quando entramos em redes sociais e indicamos que um recém-chegado é nosso amigo, isso estabelece um relacionamento; e esse relacionamento são dados.

Os dados vinculados levantam certas questões que teremos de confrontar. Por exemplo, novos recursos de integração de dados poderão apresentar desafios à privacidade dificilmente encontrados nas atuais leis sobre privacidade. Teremos de examinar opções legais, culturais e técnicas que preservarão a privacidade sem sufocar recursos benéficos de compartilhamento de dados.

Vivemos uma época surpreendente. Desenvolvedores da web, empresas, governos e cidadãos devem continuar trabalhando juntos, aberta e cooperativamente, para preservar os princípios fundamentais da web e da internet, e assegurar que os protocolos tecnológicos e as convenções sociais respeitarão os valores humanos básicos. A meta da web é servir a humanidade. Devemos construí-la agora de forma que os que vierem mais tarde possam criar coisas que hoje nós mesmos nem imaginamos.
ILUSTRAÇÃO DE JOHN HENDRIX





Letramento informacional: para ler o mundo e a vida



A leitura é uma tecnologia que é de natureza única: ela é WiFi, permite a memoria de múltiplas camadas de sentido, ela não é só linear, mas tem  caráter multifacetado, permite varias conexões na formas de links de memórias, é de baixo custo seu armazenamento e tem capacidade de compartilhar e democratizar a informação e o saber.


Sócrates se opôs ao uso  e implantação da escrita e apontou dois inconvenientes: um o enfraquecimento da memória e isso permitiria o homem mentir com mais facilidade.

O que você acha?


Sem falar que marcou a transição da sociedade oral para  sociedade da escrita. Uma ruptura que criou formas de segregação e noções de valor para quem dominava a arte da escrita como no caso dos escribas que nem sempre sabiam ler , mas pertenciam a uma casta influente, detentores de saber e poder em todas as sociedades que pertenceram.

Digno de nota que as grandes mentes de historia não escreveram nada, isso era muito frequente, seu discípulos foram os que registram suas palavras.
Jesus, Sócrates, Budha, Krishna, Maomé, entre outros não escreverem nem um linha. Se não fosse a sagacidade e tenacidade de discípulos não saberíamos quase nada de suas palavras e ensinamentos. A rede social já estava em funcionamento nessa época e os posts não rolavam soltos, mas em cânones de livros , coletâneas, formas do texto que evoluíram ao longos de séculos até chegar ao Twitter. 


A oralidade não perdeu seu poder totalmente a arte da oratória ainda manteve certo status ao longo da história,  mas o poder da escrita surgiu e modificou definitivamente nossos cérebros e a forma de como lidamos com a verdade e a realidade. 

O fenômeno do surgimento do texto como sacralidade, surgiu na forma dez mandamentos, código de Hamurábi, Códex da lei, a bíblia sagrada, o alcorão sagrado, entre tantos outros, tudo isso impactou na dinâmica de nossas relações sociais e levou ao surgimento dos repositórios de conhecimento, bibliotecas.
A própria bíblia é um exemplo disso, uma coleção de 66 livros de diversos autores que era consultado na sinagogas e igrejas e lidos e repetidos a exaustão.


Curioso que a invenção da escrita criou um nova classe de iletrados, isso marcou o surgimento do analfabetismo.

Como o sistema de educação, não era universal , apenas nobres castas superiores, sacerdotes, detentores de poder sabiam ler, com raras exceções, alguns escravos sabiam ler na Grécia e eram até filósofos.


Mas isso perdurou por grande da historia, a leitura era cheia de interdições sempre escrita em um idioma que nem sempre era acessível ao grande público, que recebia informações ainda pela oralidade.



Veja que esse padrão ainda tem grande presença hoje  na forma de radiodifusão a Televisão e o cinema são orais e visuais em seus recursos.



Nossas bibliotecas tem recurso orais e visuais. E hoje migram para o digital.

Embora aja uma vigorosa desmaterialização do suporte, o modulo de texto e a leitura seguem seu caminho com o surgimento de novas formas. 
A leitura coletiva e compartilhada,  leitura em rede, os Memes o DNA da informação, tudo se tornou viral.



Cada vez mais se torna urgente desenvolver o letramento informacional, aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer.

Ler o mundo é um imperativo para a sobrevivência e evolução do ser humano e se tornou um item vinculado aos direitos humanos.



As bibliotecas tem essa função seminal: democratizar o saber, fornecer acesso,e informação relevante diante da explosão exponencial da informação.

Esses dispositivos correm o risco de se tornarem irrelevantes se não conseguirem atender a demanda e urgências do usuários nesse contexto.
O letramento informacional é um serviço que pode se  oferecido como ponto de acesso e capacitação de todos.
Pois impacta na democratização e na capacidade de lidar com a informação, ampliando horizontes e perspectivas.
Muitas pessoa podem alegar que isso não é função da biblioteca, pois a escola tem esse papel.
Outra questão é que coma oferta de livros é quase infinita, ou seja o tempo que temos para ler não é compatível com a oferta é preciso criar um critério de relevância sobre o que é relevante de ser ler.
Excluindo leitura de entretenimento que é um forma de matar o tempo. Hoje tem como concorrentes, TV, internet, esporte....


Fica a dica! 



Para a reflexão sobre novos rumos e criação de valor dentro da biblioteca.



Nunca teremos um status de médicos e advogados enquanto não tivermos essa pegada ecológica. Criação de valor, relevância e impacto social, retorno do investimento social feito na criação de serviços e produtos. Falando em termos de mercado informacional, e sociológico.



Não abordei o crusamento da oralidade com escrita, esse croosover, tem um grande potencial de agregar a valor e expandir os limites da leitura, leituras coletivas e orais de obras, a rede social do livro, tem uma pegada na criação de valor. Falamos sobre isso depois em "modelagem da informação criando valor agregado com tecnologia humana".




A leitura, o letramento é uma chave poderosa para investir em ações e estratégias efetivas, pensar global e agir local!



Três livros para seu deleite: 



A ARTE DE LER, Como adquirir uma educação liberal MORTIMER J. ADLER : “HOW TO READ A BOOK”



( Não confundir com a arte de ler do José Morais ed Unesp






um livro que aborda a ato de ler com consciência e as competências para se tornar um bom leitor. Embora tenha o título pomposo e pretensioso de como adquirir um educação liberal. 

Existem livro que falam da leitura como ativo revolucionário e com base em lógica socialista. Procure referências em Paulo Freire Bakunin entre outros..


A arte de ler aponta a  leitura  como um instrumento básico para bem viver. Um atributo da razão e precisa ser exercitada além do muros da escolas e instituições vocacionais e religiosas.



Ele não propõe a leitura sobre um ótica utilitarista, mas é um ensaio que trata da leitura, relacionando-a com a vida, a liberdade e a procura da felicidade.



Ele tem um formula, uma forma de visualizar  a obra em seu contexto e conjuntos e mergulhar no particular relacionando o todo a parte. Semelhante a leitura técnica que fazemos para catalogar obras.  Leitura interessante apara começar a discutir o letramento informacional.


        book trailler: Apresentação de José Monir Nasser



Outro livro também do do Adler, Como Ler Livros : O guia clássico para a leitura inteligente.




A resenha é de Fernando Nogueira Costa.


A resenha abaixo é baseado nas idéias expostas por Mortimer Adler e Charles Van Doren na excelente obra Como Ler Livros: O guia clássico para a leitura inteligente, traduzido por Edward Horst Wolff e Pedro Sette-Câmara e publicado no Brasil pela editora É Realizações em junho de 2010 com 432 páginas. Como Ler Livros, publicado originalmente em 1940, tornou-se fenômeno raro: “um clássico vivo”. Trata-se do melhor e mais bem-sucedido guia de compreensão de leitura para o leitor comum.
Ele retorna em versão completamente reescrita e atualizada. O livro aborda os vários níveis de leitura e mostra como atingi-los – da leitura elementar à leitura rápida, passando pelo folheio sistemático e pela leitura inspecional. Aprende-se a classificar determinado livro, a “radiografá-lo”, a isolar a mensagem do autor, a criticar.
Estudam-se as diferentes técnicas para ler livros práticos, literatura imaginativa, peças teatrais, poesia, história, ciências e matemática, filosofia e ciências sociais. Por fim, os autores oferecem lista de leituras recomendadas, bem como testes de leitura para que você possa medir seu progresso em compreensão, velocidade e capacidade de leitura.
Você sabe ler?
Se você chegou até aqui, eu espero sinceramente que a resposta seja “Sim”. É até provável que você não só tenha dado essa resposta mentalmente, como a tenha feito acompanhar de um sorriso desdenhoso e uma exclamação como “É claro!”. No entanto, saiba que boa parte das pessoas que responde a tal pergunta com um sonoro “Sim”, na verdade deveriam simplesmente dizer, “Não como poderia”. E isso não tem nada a ver com o alfabeto.
Praticamente, todos os internautas são alfabetizados.
  1. São capazes de reconhecer palavras e frases, apreender-lhes o significado e pronunciá-las em voz alta.
  2. Uma parte expressiva deles pode até se dar ao luxo de identificar e corrigir erros gramaticais ou ortográficos daquilo que lêem.
  3. Uma parte menor ainda é habilitada para sintetizar o conteúdo do que lê, mesmo quando se trata de assuntos fora de alguma especialização que por acaso possuam.
  4. Finalmente, uma pequena minoria não só é capaz de discutir, mas também de fazê-lo com competência, identificando idéias principais e secundárias, a linha de argumentação usada para expô-las, os pontos fracos e fortes de cada argumentos, e, se for o caso, compará-los com os de outras fontes e assim chegar a uma conclusão.
Este último grupo não apenas assimila informação, mas a processa, avalia e a transforma em conhecimento.
A que grupo você pertence?
Se é a essa pequena elite de iluminados, esse texto não é para você. Ao invés de lê-lo sem proveito, sugiro que escreva outro dividindo com os menos favorecidos as suas técnicas de leitura. Se elas estiverem tão assimiladas que você nunca sequer se deu conta delas, você pode seguir o mesmo método do nosso texto de Falácias e Erros de Raciocínio e usar o método inverso: mostrar como não se deve ler. Em ambos os casos, estará aplicando melhor o seu tempo do que lendo texto que só vai dizer o que você já sabe.
Agora, se você é do tipo que:
»   chega ao fim de livro sem conseguir lembrar do início;
»   freqüentemente cochila durante leitura mais longa, mesmo quando o assunto interessa;
»   várias vezes compra livro aparentemente bom para descobrir, depois de quinze páginas, que ele não vale meia pataca;
»   tem dificuldade para resumir as idéias principais do autor, e quando tenta acaba sempre produzindo resumos muito maiores que o desejável;
»   está sempre tendo de queimar os neurônios com livros difíceis de entender, mas obrigatórios para um curso, trabalho ou aula;
»   toda vez que escuta colega falar sobre uma leitura que você também fez, acaba se perguntando, “Como é que eu não li isso?“…
Este texto foi escrito pensando em você.
1 – Informação X Esclarecimento
1.1 – Diagnóstico triste
A maior parte das pessoas lê mal. Em país como o Brasil, em que a grande massa da população não chega sequer a completar o Ensino Fundamental, isso soa como truísmo, mas aqui estamos nos referindo também aos felizardos que conseguiram chegar não apenas ao fim do Ensino Médio, mas até mesmo, e principalmente, ao Ensino Superior. Infelizmente, a posse de diploma não é garantia de capacidade de leitura eficaz.
Nossa estrutura educacional é falha, muito aquém do que seria preciso para realmente formar um cidadão, e isso vale tanto para o ensino público quanto para grande parte do particular. Além disso, em nossa cultura, ler ainda não é prioridade, o que se reflete no mercado editorial: a maioria dos livros têm baixas tiragens (o padrão de edição é 3.000 exemplares, em país com mais de 190 milhões de pessoas) e demoram a vender, salvo um ou outro best-seller, geralmente de ficção. E como se não bastasse, o fato de alguém comprar determinado livro não significa que vá lê-lo de fato, e mesmo que o leia, não significa que vá entendê-lo tanto quanto a obra merece.
Daí se deduz a pobreza do nosso país no campo da leitura. Mas problemas nessa área não são exclusividade do Brasil, tampouco de países pobres. Já na década de 70, Mortimer Adler — cujas idéias fundamentam este textos — já denunciava que a capacidade de leitura dos norte-americanos que não passava do nível do sexto ano letivo, ou seja, mais ou menos o do nosso primário ou 5.ª série. O autor cita artigo que o professor James Mursell, da Escola de Professores da Universidade de Columbia, escreveu para a revista Atlantic Monthly, em 1939:
“Os estudantes aprendem a ler de forma efetiva em sua língua materna? Sim e não. Até o quinto e o sexto ano, a leitura é de fato ensinada e bem aprendida. Neste nível nos deparamos com um progresso constante, mas a partir daí caminha-se para a estagnação. Não porque o indivíduo tenha chegado ao seu limite natural de eficiência quando ele chega ao sexto ano, porque já está mais do que provado que estudantes mais velhos, e até mesmo adultos, podem continuar fazendo enormes progressos com a orientação adequada. Tampouco isso quer dizer que todos os estudantes do sexto ano lêem suficientemente bem para todos os objetivos práticos. Um número considerável de alunos fracassa no curso secundário simplesmente porque não se mostram aptos a apreender o sentido de uma página impressa. Eles podem melhorar; eles precisam melhorar; mas não melhoram.
O aluno médio das escolas secundários já leu um bocado, e se ele entrar numa universidade vai ler mais ainda; mas provavelmente ele ainda é um leitor fraco e incompetente (observem que isso vale para o estudante médio, não para aquele que recebeu um tratamento especial). Ele pode ler e apreciar um texto simples de ficção. Mas coloque-o diante de um ensaio escrito com rigor, diante de um argumento exposto de forma concisa e cuidadosa, ou uma passagem que exige alguma reflexão crítica, e ele estará perdido. Já foi demonstrado, por exemplo, que o estudante médio revela uma incapacidade surpreendente de indicar qual é o ponto central de um texto, ou os níveis de ênfase e subordinação num texto argumentativo. Para todos os efeitos, ele continua sendo um leitor da sexta série ao longo da universidade.”
Isso era verdade nos EUA em 1939. Em 1972, quando Adler citou esse artigo, ainda era. Alguém tem dúvidas de que seja também no Brasil de hoje? Pergunte a si mesmo quantos livros você já leu este ano. Melhor ainda, experimente fazer uma pesquisa informal entre seus conhecidos: quantos livros já lidos nos últimos 12 meses?
1.2 – Leitura ativa
Para entendermos o que significa dizer que alguém tem nível de “sexta série”, como diz o texto citado, precisamos estabelecer algumas distinções fundamentais. A primeira dela diz respeito à natureza da leitura. Segundo Adler, toda leitura exige certo grau de atividade por parte do leitor, mas que pode variar tanto, que podemos falar, para fins didáticos, em leitura ativa e leitura passiva.
leitura passiva seria aquela em que predomina a mera recepção de informações. Você decodifica o texto, não pensa sobre ele. É ler com a postura com que geralmente costumamos ver televisão. Um caso extremo é quando lemos texto de maneira superficial, “passando os olhos”, sem realmente nos interessarmos por ele. O resultado é apenas uma memorização mais ou menos superficial do que se leu.
Já a leitura ativa digna desse nome é aquela em que o leitor se esforça ao máximo para captar a mensagem que o autor tenta lhe transmitir. Ele dialoga com o texto que tem diante dos olhos, tenta determinar suas idéias centrais e a ligação entre elas. Enfim, o leitor verdadeiramente ativo é aquele que “está presente” na leitura, alerta, empenhado em compreender a mensagem do autor. Quanto mais ele é, mais eficaz será sua leitura.
1.3 – Finalidades da leitura
Todo o mundo alguma vez já aprendeu algo que mudou sua maneira de entender o mundo, ou algum aspecto dele. Pode ter sido por meio de palestra, de aula, de filme, conversa com amigo ou — o que nos interessa aqui — texto escrito ou livro. É quando, mais do que informação nova, nos damos conta de que captamos algo mais essencial, uma forma de compreensão, uma espécie de ferramenta mental — a lógica por trás de alguma coisa. Nessas ocasiões, nós não apenas aprendemos o “quê“, mas também e principalmente o “como” e o “porquê“. É nossa compreensão que se alarga.
Trazendo isso para o mundo da leitura de livros (e deixando de fora aqueles voltados para o mero entretenimento), Adler dá exemplo muito simples. Suponhamos que você tenha livro que deseje ler. Ora, esse livro consiste de amontoado de palavras escrito por alguma pessoa com a intenção de comunicar algo a você. Portanto, seu sucesso na leitura vai depender do quanto você conseguirá captar da mensagem que o autor tentou comunicar.
Óbvio, não? Porém, a sua relação com o livro, continua ele, pode assumir duas formas. Se você entende perfeitamente o que autor quis passar, então vocês dois têm mentes afins e você pode ter assimilado informação, mas não necessariamente compreensão. A leitura pode simplesmente ter expressado compreensão comum que ambos já tinham antes de se encontrarem.
Agora, pode acontecer de você perceber que não está conseguindo entender tudo que o livro oferece. Algumas coisas fazem sentido, outras não. O livro tem mais a dizer do que aquilo que foi possível captar, de certa maneira ele excede o seu nível de compreensão ao lê-lo. Logo, para conseguir dar conta de tudo que o autor quis comunicar, é preciso alargar sua capacidade compreensiva. Como fazer isso?
Pode-se pedir ajuda a outra pessoa, consultar outros livros. Entretanto, Adler propõe que, de maneira geral, isso pode ser feito, antes de mais nada, trabalhando no livro. Por “livro” nos referimos, naturalmente, a obras voltadas para o leitor em geral, por difíceis que sejam.
“Sem nada além do poder de sua própria mente, você manipula os símbolos à sua frente de tal forma que passe de um estado de compreender menos para um estado de compreender mais. Esse avanço, conquistado pela mente que trabalha num livro, corresponde a uma leitura de alto nível, o tipo de leitura que um livro que desafia sua compreensão merece.”
Nem sempre a distinção entre um tipo de leitura e outra é clara. Muitas vezes ela é muito tênue. Porém, grosso modo, podemos dizer que textos plenamente compreensíveis, como jornais, revistas, são essencialmente informativos. Não nos atordoam com a complexidade peculiar de quando ultrapassamos nossos limites. Por outro lado, sempre que lemos algum texto que nos deixa, ao fim de leitura atenta, a sensação de que não entendemos tudo, ele merece ser tratado como leitura compreensiva.
“Quais são as condições sob as quais esse tipo de leitura — leitura para compreensão — ocorre? Existem duas: primeira, há uma desigualdade inicial de compreensão. O autor deve ser ‘superior’ ao leitor em compreensão, e seu livro deve transmitir de uma maneira legível os conhecimentos que ele possui e que faltam aos seus leitores em potencial. Segunda, o leitor tem que estar habilitado a superar essa desigualdade em alguma medida, se não completamente, aproximando-se sempre do escritor. Na medida em que a igualdade é alcançada, a clareza na comunicação é atingida.
Em resumo, só podemos aprender com nossos ‘superiores’. Devemos saber quem eles são e como aprender com eles. Quem possui esse conhecimento domina a arte da leitura no sentido que nos interessa neste livro. Qualquer pessoa que saiba ler provavelmente terá habilidade para, em alguma medida, ler desta forma.Mas todos nós, sem exceção, podemos aprender a ler melhor e, gradualmente, ganhar mais pelos nossos esforços, direcionando-os para textos mais recompensadores.”
Podemos resumir o que vimos até agora em uma única frase:
»   A qualidade de uma leitura depende do esforço investido nela, pelo menos em se tratando de livros inicialmente acima de nossa capacidade e que por isso são capazes de nos levar à transição de estado de entender menos para estado de entender mais.
2 – Níveis de leitura
Para Adler, existem quatro níveis de leitura. Repare que são “níveis” e não “tipos”, porque os níveis mais altos absorvem os mais baixos. São eles, do mais baixo para o mais alto:
1.      Leitura Elementar – corresponde ao nível ensinado na escola primária. A preocupação de quem lê nesse nível é com a linguagem em si, a decodificação da escrita, que com qualquer outra coisa. A pergunta que norteia esse nível é: “O que a frase diz?“.
2.      Leitura Averiguativa (também chamada de “pré-leitura” ou “garimpagem“) – este nível é voltado para a melhor avaliação possível de um texto ou livro num período curto de tempo. Por exemplo, quando estamos de passagem por alguma livraria, vemos um livro que parece interessante e precisamos saber se ele é bom antes de decidirmos se vamos comprá-lo. Existem alguns bons macetes para isso, dos quais trataremos mais adiante. Por ora, basta saber que a pergunta básica deste nível é: “Este livro é sobre o quê?“.
3.   Leitura Analítica – é a leitura completa, a melhor que se pode fazer,ativa por excelência. No dizer de Adler, “se a leitura averiguativa é a melhor que se pode fazer num determinado período de tempo, então a leitura analítica é a melhor leitura possível quando não existe limite de tempo”. É nível de leitura voltado basicamente para a compreensão, de modo que, se seu objetivo é apenas informação ou entretenimento, ele pode não ser necessário.
4.   Leitura Sintópica ou Comparativa – implica a leitura de muitos livros sobre certo tema, pondo-os em relação uns com os outros e com o tema. Estudantes de Ciências Humanas são obrigados a se familiarizar com ela. É o nível mais difícil de se alcançar, e não há pleno acordo sobre suas regras. Porém, é também o mais recompensador de todos os níveis.
Por questões de espaço, aqui trataremos apenas da leitura averiguativa e de algumas sugestões para a leitura analítica.
2.1 – Leitura averiguativa
Conforme já foi dito, este nível é, na verdade, pré-leiturainspeção mais ou menos rápida de material de que, por limitações de tempo, você não pode dar conta por inteiro ainda. Isso não significa que seja pouco útil, muito pelo contrário. Pessoas que têm uma grande carga de leitura, sejam profissionais ou estudantes, podem se beneficiar muito com o conhecimento de técnicas simples de leitura averiguativa. Afinal, mais que qualquer outra coisa, ela foi feita para poupar tempo e nem todo livro merece uma leitura analítica. Saber separar o joio do trigo é necessidade cada vez mais premente no mundo de hoje.
Aqui vai lista de sugestões para boa garimpagem, divididas em duas fases para fins didáticos. A primeira tem como finalidade saber se o livro merece leitura mais atenta; a segunda, facilitar a leitura de livro difícil:
A) Pré-leitura propriamente dita:
»   Comece pela capa e pela folha de rosto. Muitos livros hoje têm títulos comerciais que não dizem nada sobre seu conteúdo, mas deixam uma pista no subtítulo. Veja o que ele diz, se houver um. Livros expositivos, de não-ficção, normalmente têm um. Também preste atenção ao nome do autor. Soa familiar? Existe alguma referência extra? Livros de autores de algum renome freqüentemente mostram ao lado do seu nome uma indicação do tipo “Autor de [nome de obra mais conhecida]”. Também verifique a edição do livro; uma obra com várias edições e/ou reimpressões certamente é bem-sucedida e pode dar uma idéia da sua popularidade.
»   No verso da folha de rosto costuma ficar a ficha catalográfica do livro, com a notação bibliográfica e os tópicos que ele aborda. Isso é muito importante, especialmente quando se trata de livros de caráter mais acadêmicos. Por exemplo, na ficha catalográfica do excelente “A Educação dos Sentidos”, de Peter Gay, editado pela Companhia das Letras, ficamos sabendo que o livro trata de:
1. Classe média – História – século 19. 2. Sexo (Psicologia) – Aspectos sociais – século 19.
Ou seja, em uma ou duas linhas, ficamos sabendo que o livro trata da história dos aspectos sociais e da psicologia do sexo das classes médias no século 19. E ainda nem lemos uma única frase que realmente tenha sido escrita pelo autor
»   Agora que você já sabe de o que trata o livro, em linhas gerais, podemos passar aos detalhes — o índice. É o mapa da estrutura do livro e há autores que se esmeram na sua confecção, especialmente quando se trata de ensaios e trabalhos acadêmicos. Obras antigas eram extremamente minuciosas nos seus índices, com títulos que chegavam a ser verdadeiras sinopses. Porém, hoje em dia, esse é hábito que caiu em desuso, e os velho síndices analíticos muitas vezes dão lugar a índices com títulos misteriosos que mais parecem peças publicitárias. Ainda assim, você só vai saber se o índice é bom conferindo-o, então convém fazê-lo.
»   Além do índice tradicional, algumas obras contêm índices onomásticos ou remissivos nas suas últimas páginas. Ali estarão listados nomes e temáticas de forma específica, bem como as páginas onde são citados. É uma boa fonte para ter um panorama dos assuntos tratados pelo autor e pode ser útil usá-lo para identificar passagens potencialmente interessantes e fazer uma leitura rápida. Naturalmente, a importância de algum assunto pode ser avaliada pelo número de vezes em que é citado e se isso acontece muitas vezes é possível que ele seja um dos pontos centrais do livro.
»  Leia a contracapa do livro. Algumas vezes contém trechos da introdução, em outras, como em livros americanos, referências elogiosas publicadas na imprensa.    O mais provável, em se tratando de obra brasileira, é que você encontre sinopse do livro feita pela editora.
»  Leia a orelha. Livros mais recentes costumam trazer breve resenha da obra, assinada por alguém importante na área temática em questão, ou uma sinopse mais aprofundada que a da contracapa. Também é comum encontrarmos uma nota biográfica do autor: onde nasceu, suas credenciais acadêmicas e/ou profissionais, outras obras que tenha escrito. Isso é especialmente útil em obras de não-ficção.
»   Dê uma olhada na bibliografia, se houver. Ali você pode ter idéia da erudição da obra que tem em mãos, bem como ter referências sobre o mesmo assunto ou outros a ele relacionados. É até possível que encontre indicação que seja mais importante para o tema que o livro que tem ora em mãos. Cruzando os autores ali indicados com o índice onomástico, pode-se ter ideia de quais das obras listadas foram mais importantes para o autor do livro que você está examinando.
»   O livro contém apêndices? Obras históricas ou jornalísticas, por exemplo, costumam deixar a reprodução mais extensa de fontes documentais ou iconográficas para essa parte do livro. Também é freqüente encontrar estatísticas, tabelas, e outros dados que podem ser muito pesados para serem transcritos no corpo da obra. Às vezes, trata-se de uma abordagem mais profunda de subtemáticas muito específicas. Em todo o caso, se há apêndices, dar uma olhada neles pode ser crucial para sua decisão sobre o livro valer ou não a pena.
»   Folheie o livro. Leia alguns parágrafos, talvez duas ou três páginas, se o tempo permitir. Os últimos parágrafos de um capítulo muitas vezes contêm síntese do que foi abordado nos anteriores,e os do último capítulo — não necessariamente o epílogo, quando existe — podem conter síntese das idéias centrais do livro todo.
»   E, por último mas não menos importante, ao folhear o livro, veja se a estética o agrada. Isso pode ser irrelevante para obras recentes, com apenas uma edição disponível, mas pode fazer muita diferença para aquelas mais antigas ou clássicas, disponíveis em várias edições, por várias editores ou, no caso de autores estrangeiros, em várias traduções. A fonte utilizada torna a leitura agradável? A impressão é boa ou há falhas? A paginação está correta? A diagramação (organização dos blocos de textos na página) é bem feita? A encadernação é de boa qualidade ou o livro parece estar prester a soltar páginas?
No caso da tradução, em se tratando de obras literárias ou mais técnicas, pode ser conveniente procurar alguma referência antes. Se toda tradução é uma traição, como dizia Voltaire, algumas traições são particularmente sórdidas e podem distorcer o pensamento do autor. Obras de filosofia e psicanálise vertidas do alemão, repletas de neologismos difíceis de traduzir para o português, por exemplo, costumam esbarrar nesse problema, como os leitores de Freud e Kant devem saber. A escolha da edição, nesse caso, se torna particularmente importante, especialmente quando algumas obras não são traduzidas do original, mas de outra tradução, geralmente inglesa ou francesa, e não raro antigas e “ajustadas” ao gosto da época.
B) Leitura superficial
Findas essas etapas, que constituem tipo muito ativo de leitura, você já será capaz de dizer bastante coisa sobre o livro que tem em mãos, e se ele vale leitura analítica. Se não valer, nem por isso deixará de saber as idéias principais do autor, que tipo de obra escreveu e ampliar sua cultura geral, quem sabe deixando o livro para uma consulta futura.
Mas suponhamos que o livro valha a pena e você opte por lê-lo de fato, ou, o que é bem possível, simplesmente tenha de lê-lo por obrigação. Ao fim de algumas páginas atentas, você descobre que a obra é complexa. Muito complexa. Você chega à página 15 e se dá conta de que não está entendendo as coisas como deveria, e torna a ler do começo. Esbarra em algumas palavras ou frases obscuras, tenta decifrá-las e descobre que está perdendo muito mais tempo do que gostaria empacado nas primeiras páginas. E a leitura se torna fonte de angústias.
Os leitores de primeira viagem de literatura clássica talvez se identifiquem com essa situação. Qualquer curioso mediano que, na adolescência, tenha tentado ler Shakespeare ou Camões, ou simplesmente um poema nas aulas de Literatura, foi sério candidato a esse tipo de frustração. Para alguns, entender a Teoria da Relatividade pode ser muito mais simples que o primeiro ato de “Romeu e Julieta“. Nas palavras de Adler (grifos meus):
“O enorme prazer que vem de ler Shakespeare, por exemplo, foi estragado para gerações de estudantes secundários que eram forçados a avançar em ‘Júlio César‘, ‘Como gostais‘ ou ‘Hamlet‘ cena a cena, decifrando todas as palavras estranhas num glossário e estudando todas as notas acadêmicas de rodapé. O resultado disso é que eles nunca leram de fato uma peça de Shakespeare. Quando eles chegavam ao final, já tinham esquecido o início e já tinham perdido a visão de conjunto. Em vez de serem forçados a adotar essa abordagem pedante, eles deveriam ser encorajados a ler a peça de uma vez só e discutir o que tivessem assimilado desta primeira e rápida leitura. Só então eles estariam prontos para estudar a peça cuidadosamente, porque já teriam entendido o suficiente sobre ela para aprenderem mais.”
Com a experiência de quem tentou ler Shakespeare com dicionário do lado aos 12 anos, posso dizer que esse é ótimo conselho. Leia sem se angustiar pelos pontos obscuros, pelas notas de rodapé herméticas, pelos neologismos mal-explicados e as referências exóticas. Essa primeira leitura, aqui chamada de “superficial” no sentido positivo, serve para nos familiarizar com a obra em todos os seus aspectos: idéias centrais, estilo, vocabulário etc. Ela vai identificar os pontos mais ou menos difíceis, vai nos sinalizar para o tipo de ajuda de que talvez possamos precisar, vai nos preparar, enfim, para a segunda leitura e o alargamento de nossa compreensão— o benefício mais duradouro de boa leitura.
Pode ser que tenham nos ensinado justamente o contrário. Muitos pais e instrutores bem intencionados ensinam as crianças e jovens a procurar no dicionário qualquer termo obscuro, ou pesquisar sobre algum tema desconhecido que surja no texto. Isso não está errado, mas deve ser feito no momento certo, sem interromper a leitura inicial. Especialmente porque, especialmente no caso de crianças, a preocupação com esses detalhes e a angústia daí gerada pode fazer com que a leitura se torne atividade penosa demais.

O terceiro livro: Geração de Valor: Compartilhando Inspiração.





Descrição:
Desde que nascem, as pessoas são treinadas para agir de acordo com o senso comum. O ensino convencional as estimula a buscar segurança, e não liberdade. Com medo de se arriscar, a maioria segue o fluxo da boiada e sonha pequeno, optando por conseguir um emprego estável e passar anos financiando a casa própria.

Flávio Augusto também sofreu todas essas pressões, mas conseguiu sair da conformidade bem cedo. De uma família simples da periferia do Rio de Janeiro, aos 23 anos, escolheu o caminho do empreendedorismo, criou uma escola de inglês que deu origem à bem-sucedida rede Wise Up e logo se tornou um dos mais jovens bilionários brasileiros.
Indignado com o modelo imposto pelo senso comum, Flávio resolveu arregaçar as mangas e mostrar às pessoas que é possível pensar de forma diferente. Para difundir sua mentalidade vitoriosa, criou o projeto Geração de Valor e começou a compartilhar seus conhecimentos no Facebook, no YouTube, no Twitter e em um blog, inspirando milhões de pessoas.
Não tenha dúvida: o empreendedorismo é para todos, tanto para quem estudou em Harvard como para quem se formou em Tribobó do Oeste. O sucesso, como Flávio costuma dizer, é uma ciência exata que qualquer um pode aprender. Portanto só depende de você conquistar o que deseja.
O livro traz uma seleção dos textos mais afiados e das charges mais provocadoras do Geração de Valor e é uma oportunidade de enxergar o mundo de outra forma. 
Leia, aprenda a pensar fora da caixa e comece agora sua jornada rumo ao topo






Sobre o Livro


...pensar fora da caixa
A maioria das pessoas segue um padrão estabelecido e acredita que coisas exteriores a elas limitaram suas opções. Não são capazes de questionar o mundo que lhes foi apresentado e colecionam desculpas para não sair do lugar. Enquanto isso, um novo mundo continua sendo construído por aqueles que não medem esforços para mudar a própria história. Escolha o grupo de que você quer fazer parte.
...plantá-los
A regra é clara: colhemos somente aquilo que plantamos. Se você fica satisfeito com qualquer coisa, a vida vai lhe dar qualquer coisa. Mas, se quiser o melhor, trabalhe por nada menos que isso. Persiga incansavelmente os meios para alcançar suas metas, sem desculpas  esfarrapadas e falta de iniciativa.
...perseverar
Todas as vezes que você se dá ao luxo de ficar de saco cheio e desiste de continuar a lutar pelo que quer, uma parte de seu futuro que você jamais vai conhecer imediatamente morre. Então não desista: transforme cada desafio e cada dificuldade em motivação. O sabor da conquista compensará toda a dedicação, o esforço e os riscos assumidos."






quinta-feira, janeiro 28, 2016

O Facebook anunciou seus resultados do último trimestre de 2015.




Só para você ter uma ideia, seguem alguns dados atualizados e liberados pelo Facebook ontem:  

- 1.59 bilhão de usuários mensais no Facebook;
- 900 milhões de usuários no WhatsApp todo mês;
- 800 milhões de usuários do Facebook Messenger por mês;
- 400 milhões de usuários no Instagram por mês;
- 950 milhões de pessoas usando o recurso "Safety Check" em 2015;
- 1 bilhão de pessoas usam os grupos todo mês;
- 500 milhões de pessoas usam os eventos todo mês;
- 50 milhões de pequenos negócios usam as páginas no Facebook;
- 19 milhões de pessoas conectadas pelo Internet.org;
                 Mapa de conexões do Facebook 


Em post em seu perfil, Mark Zuckerberg escreveu:
"Acabamos de anunciar nossos resultados e um update sobre o progresso da nossa comunidade para conectar o mundo. Nossa comunidade agora tem 1.59 bilhão de usuários. Mais de 1 bilhão de pessoas usam os Grupos. Quase 1 bilhão de pessoas usam o WhatsApp. mais de 19 milhões de pessoas que não tinham acesso à internet, agora estão conectadas através da iniciativa Internet.org.
Em 2015, as pessoas se juntaram de várias formas Facebook. Celebramos momentos felizes. Milhões de pessoas se uniram para apoiar o Nepal depois do terremoto, a França depois dos ataques em Paris e todos os afetados pela crise dos refugiados.
E, todos os dias, milhões de pessoas usam o Facebook para se conectar com quem se importam.
Muito obrigado por ser parte da nossa comunidade e por ajudar a conectar o mundo. "


E você ainda acha que o Facebook é moda? 
Imagine daqui há um ano? 
Onde seu negócio vai estar?

Conheça treinamento Facebook Essencial. 
Um treinamento focado em ajudar pequenas empresas a aproveitar ao máximo o Facebook e como aprender a transformar fãs em clientes.