sábado, outubro 29, 2016

Surface Studio

Microsoft lançou o Surface Studio, um computador voltado para designers, arquitetos e engenheiros. O que acharam?!

Ainda prefiro o uso da Wacom Cintiq pelos seguintes motivos:
-Posso usar em multi-sistemas (windows, linux, Mac)
-Foco e especialização para ilustradores e designers.
-Se o PC ficar ruim posso usar em outro pc sem precisar ter de esperar assistência técnica ou a troca do mesmo.
-O suporte de Softwares é muito maior mesmo em multiplataformas.

É interessante porem, até consegui emplacar no mercado vai demorar uma década, isso se a microsoft não abandonar no meio do caminho.


sexta-feira, setembro 23, 2016

Africanidades: História Geral da África

ÁFRICA NAS ESCOLAS


O continente desconhecido deu origem e base a humanidade de sua diáspora a humanidade formou desde os primórdios e evoluiu.
Toda essa riqueza é invisível ao ocidente.
Um povo que não sabe sua raiz suas origens é um povo fantasma, desenraizado, sem alteridade e ciência de seu valor.
Essa coleção e seu derivados deve estar presente em todas a coleções do Brasil.
E merce destaque em nossas estantes.
Heberle Sales


Durante 35 anos, a UNESCO reuniu mais de 350 especialistas em história do continente africano e produziu uma obra monumental, consolidada em oito volumes, chamada "História Geral da África".

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Quando fui Ministro da Educação, tomamos a iniciativa de traduzir toda a obra para a língua portuguesa. Em seguida, sintetizamos todos os volumes em dois livros, mais acessíveis para toda a comunidade acadêmica.
Agora, como Prefeito, transformamos aquele material riquíssimo em livro didático - o primeiro baseado naquela obra. Fico muito feliz em ver esse projeto concretizado. Ver um trabalho dessa envergadura fazer parte da formação básica dos estudantes da rede municipal.
Para quem tiver maior interesse, segue o link da obra completa: http://goo.gl/YYucGH



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O que você sabe sobre a África?


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Escolas municipais ganham material didático que propõe outra visão sobre a história e cultura do continente africano
Jussara Ferreira Paim, mestra em Psicologia da Educação e especialista em Psicopedagogia
A pergunta “O que você sabe sobre a África?” é o título de um novo material criado pela Prefeitura de São Paulo, que sintetiza em um único volume a coleção História Geral da África, da UNESCO, originalmente composta por oito publicações.
Jussara Ferreira Paim, mestra em Psicologia da Educação e especialista em Psicopedagogia, considera que essa iniciativa do governo Haddad é importante porque reconhece a necessidade de se reescrever o modo com a história da África é contada em âmbito escolar.
“Incorporar esse material aos livros didáticos significa resgatar a verdadeira história africana. As escolas agora têm agora a oportunidade de enriquecer as discussões diante de um repertório de iniciativa científica, que reconstrói um cenário verdadeiro e com todas as riquezas que o povo africano tem e pode compartilhar”, detalhou.
A obra que hoje é utilizada como base do material escolar foi traduzida para a língua portuguesa quando Fernando Haddad era ministro da Educação.
“Aprender no Ensino Fundamental e Médio que o continente africano era formado por nações organizadas socialmente e não somente um lugar onde se encontrava mão de obra escrava; aprender que os negros africanos de determinada região eram profundos conhecedores de técnicas de mineração e lidavam muito bem como metal e, por isso mesmo, eram preferidos pelos Europeus para mão de obra escrava; aprender sobre costumes e culturas do povo africano e não só sobre como eles eram transportados quando capturados; aprender que a ênfase dada até hoje a uma suposta supremacia branca e a uma suposta incapacidade negra não é só omissão da riqueza e da força do povo africano, mas também, e talvez principalmente, a legitimação de um racismo inculcado na história. Isso é fundamental e pode contribuir demasiadamente com a desconstrução do racismo desde as séries iniciais”, enfatizou Jussara.
Jussara ressalta ainda que a iniciativa cumpre a valiosa função de fortalecer a auto estima dos estudantes negros, considerando que fornecerá uma visão mais abrangente e realista sobre a história e a herança deixada pelos africanos no Brasil.
Haddad faz diferente porque tem coragem de enfrentar debates que precisam ser realizados em todos os segmentos da população. E não só em alguns.
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terça-feira, setembro 20, 2016

"Face aos governos, os direitos humanos"

Foucault




Tradução de: “Face aos governos, os direitos humanos”, Libération, n. 967, 30 junho- 1º julho, 1984, p. 22. (Republicado em Dits et Écrits, tome IV, texte n° 355).



Tradução de Murilo Duarte Costa Corrêa*


Michel Foucault lera este texto alguns minutos após tê-lo escrito, na ocasião da conferência de imprensa que anunciava, em Genebra, a criação do Comitê Internacional Contra a Pirataria, em junho de 1981. Em seguida, fizera questão de fazer reagir a esse texto o maior número de pessoas possível na esperança de chegar àquilo que poderia ter sido uma nova Declaração dos Direitos do Homem.

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"Não somos, aqui, outra coisa que homens privados que não podem falar senão a esse titulo, e a falar juntos, sobre uma certa dificuldade comum à suportar o que se passa.

Sei-o bem, e é preciso encaminhar-se na direção da evidência: em relação às razões que fazem com que homens e mulheres prefiram deixar seu país a ali viver, não se pode fazer grande coisa. O fato está fora de nosso alcance.

Quem então o cometera? Ninguém. E é precisamente isso que constitui nosso direito. Parece-me que é preciso ter presentes três princípios que, creio, guiam essa iniciativa, bem como outras que a precederam: : a Île-de-Lumière[1], o cap Anamour, o Avion pour le Salvador, e também Terre des hommesAmnesty International.

1) Existe uma cidadania internacional que implica seus direitos, seus deveres e que conduz a insurgir-se contra todos os abusos de poder, seja quem for seu autor – e quem quer que sejam suas vítimas. No fundo, nós somos todos governados e, a esse título, solidários.

2) Na medida em que pretendem ocupar-se da felicidade das sociedades, os governos se arrogam o direito de inventariar os ganhos e as perdas, a infelicidade dos homens, que suas decisões provocam ou que suas negligências permitem. Constitui um dever dessa cidadania internacional de sempre fazer valer aos olhos e ouvidos dos governos as infelicidades dos homens em relação às quais não é verdade que eles não são responsáveis. A infelicidade dos homens não deve jamais ser um resto mudo da política. Ela funda um direito absoluto de se insurgir e de interpelar aqueles que detêm o poder.

3) É preciso recusar a divisão de tarefas que, com frequência, propõe-se-nos: aos indivíduos, de se indignar e falar; aos governos, de refletir e de agir. É bem verdade: os bons governantes amam a santa indignação dos governados, desde que ela permaneça lírica.  Creio que é preciso dar-se conta de que frequentemente são os governos que falam – não podem e não querem senão falar. A experiência demonstra que se pode e se deve recusar o papel teatral da pura e simples indignação que se propõe a nós. 

Amnesty International,Terre des hommes,  Médicins du monde são iniciativas que criaram esse novo direito: este direito dos indivíduos privados de intervirem efetivamente na ordem das políticas e das estratégias internacionais. A vontade dos indivíduos deve inscrever-se em uma realidade cujo monopólio os governos quiseram reservar para si mesmos – esse monopólio que é preciso arrancar pouco a pouco e a cada dia."



 





[1] Do navio-hospital Île-de-Lumière, que socorria os boat people no mar da China em 1979, à defesa internacional de todos os prisioneiros políticos, M. Foucault evoca, nesse ponto, as iniciativas humanitárias das organizações não-governamentais que, a partir dos anos 1970, promoveram o novo direito de livre acesso às vítimas de todos os conflitos.

*O original ("Face aux gouvernements, les droits de l'homme"), em francês, encontra-se digitalizado aqui: http://1libertaire.free.fr/MFoucault162.html

segunda-feira, setembro 12, 2016

Para que serve um filósofo hoje?


Slavoj Žižek é rápido no gatilho numa entrevista e dispara:
"Nada". Desligue-se então o gravador e paremos por aqui. 
Mas então vem a saraivada: "Pensam que os filósofos têm respostas para tudo. Eu não tenho. O que faço é propor indagações. Nosso problema não é buscar respostas verdadeiras, mas livrarmo-nos das falsas perguntas".

Segue abaixo algumas idéias suas sobre os mais abrangentes assuntos, principalmente aos abordados em seu último livro lançado no Brasil,
A Visão em Paralaxe (The Paralaxe View), Boitempo Editorial, R$ 74,00:

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Falando em paralaxe

As pessoas perguntam por que dei esse nome ao livro e a pista está no título da introdução: "O materialismo dialético bate à porta". Hoje nosso grande problema filosófico chama-se Hegel. Interpretações clássicas de seu pensamento já não funcionam, contudo preciso voltar a ele: a análise por paralaxe não enxerga a sociedade como um bloco unitário, mas como algo fraturado. Ela nos coloca diante do fato de que toda verdade é parcial. Sendo parcial, não podemos ser neutros. E, não sendo neutros, precisamos nos engajar. Volto a antigas questões do hegelianismo, avançando por outros campos de estudo, como o cognitivismo, ainda esnobado pelos psicanalistas.

Cérebro, cérebro...

Quando falo de cognitivismo, falo de estudos do cérebro e genética. Cientistas hoje podem conectar seu cérebro a um computador. A máquina não vai ler pensamento, mas já pode registrar ordens cerebrais básicas, como: senta!, levanta!, vire!. Investiga-se também a possibilidade de videogames mais simples serem acionados pelo cérebro. Isso mexe com nossa identidade, porque começaremos a nos sentir divinos. Até hoje admitimos que apenas um ser, Deus, pode pensar algo e fazer acontecer. Começa a não ser bem assim... Imagine quanto as ciências do cérebro poderão servir a projetos militares? Já pensou nisso? Pois bem, estudo o cognitivismo - e me baseio nos primeiros cognitivistas, não em best-sellers como (o filósofo americano)Daniel Dannett - para saber em que ponto exato esse campo científico vai precisar da psicanálise. Procuro o momento em que o efeito revela a causa.

Fukuyama e o fim de tudo

Muito intelectual diz que Francis Fukuyama (filósofo e economista) é um idiota por ter previsto o fim da história. E depois sai por aí se comportando como um fukuyamista, não entendo. No passado, quando éramos jovens e esquerdistas, procurávamos o socialismo com face humana. Hoje procuramos o capitalismo liberal de face humana: queremos bem-estar, trabalho, educação, saúde, previdência, sem questionar o edifício do capitalismo liberal. Então, por que atacar Fukuyama? Anunciar o fim das coisas é um comportamento que se repete na história, embora também seja uma idéia característica da pós-modernidade: Marx, no seu tempo, vislumbrou o fim do capitalismo. Há cem anos Lenin disse que o imperialismo dava o último suspiro. Mao, 50 anos atrás, previu a decomposição do capitalismo no prazo de uma década. E o capitalismo está aí. Com problemas, mas com capacidade de se reinventar. O grande enigma do sistema, hoje, é o que vai acontecer com a China. Até quando ela vai se manter dentro do modelo autoritário? Nietzsche dizia que quanto mais dinâmico for o capitalismo, mais ele necessitará de democracia. Então concluo que a democracia chinesa chegará em dez anos. Isso terá um impacto tremendo no mundo.

Fabricação de bolhas

Ah, não estou abalado com o tremor dos mercados. Eles que se ajeitem. O que me interessa é pensar noutra dimensão. A crise financeira atual talvez seja eco da crise de 2001, aquela da bolha da internet. Lá atrás assistimos à queda violenta das ações do setor digital. E o que fez o governo americano? Em vez de cuidar para que a economia voltasse a funcionar com equilíbrio, direcionou recursos para turbinar o setor imobiliário. Gestou outra bolha. Estamos recebendo mais uma dura lição de que a economia não pode ficar solta, ao sabor dos mercados. Mais do que nunca, a economia precisa da política. Veja no que se transformou Bill Gates no espaço de alguns anos. Virou o maior proprietário privado no domínio intelectual. Hackers me dizem que outros sistemas operacionais são bem melhores que o da Microsoft, mas Gates conseguiu impor seu modelo, garantiu a propriedade de algo que não foi feito por ele, mas por muitos, vende para o mundo todo e tornou-se o homem mais rico do planeta. Dominou o mercado global e até subjugou o governo americano, que tentou conter sua escalada. Casos assim precisam ser estudados.

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Chamem Freud, Lacan...

Só se fala em crise de confiança dos mercados e não há nada de estranho nisso. Ao mesmo tempo em que o capitalismo é materialista, é também profundamente idealista. Materialista no sentido de dinheiro, da competição, do lucro. E idealista no sentido de que as relações ainda se dão na base da confiança e credulidade. O problema é mais profundo: na sociedade liberal, você precisa seguir formas de polidez, convivência, regras do que fazer e do que não fazer, ou você é expelido. Não existe a liberdade 100% individual, de fazer o que quiser, como e quando quiser, mas a liberdade individual com substância social. O problema nos Estados Unidos é que se achou por bem tornar essas regras explícitas nos códigos do politicamente correto, quando há regras sociais que até precisam ficar implícitas. Só que os mercados nada têm de politicamente corretos. Essa crise de confiança precisaria ser analisada por gente da psicanálise. Economistas não darão conta.

Tolerância, o engodo

Quer outro paradoxo? Vivemos nessa grande sociedade livre, no mundo ocidental, mas nunca erguemos tantas barreiras como agora: destruímos o Muro de Berlim, entretanto erguemos outro para separar os palestinos, outro para impedir a entrada de mexicanos nos EUA, sem falar nos muros invisíveis que cercam imigrantes na Europa. Em termos ideológicos, a sociedade não está me pedindo nada e ainda me diz que eu posso tentar uma espiritualização ao estilo dalai-lama. Quer ver outra mistificação? O conceito de tolerância. Cai bem: seja tolerante com este ou aquele. Ridículo! Há uma brutalidade intrínseca no conceito de tolerância, que significa:Não se aproxime de mim, fique onde está e tudo bem.

Felicidade 'fat free'

Com o que você sonha? Produtos. Muitos. Eles garantem seu prazer, mas também liberam substâncias perigosas. Você vai ter que optar: sorvete com açúcar ou sem açúcar? Cerveja com álcool ou sem álcool? Chocolate com gordura ou sem gordura? São variações desse hedonismo castrado a que estamos submetidos. Você quer o prazer, mas vai pagar um preço por ele. Seguindo essa linha de raciocínio, penso que estamos na era da política descafeinada. Há uma enormidade de problemas sociais a enfrentar, mas daí convocamos nosso multiculturalismo liberal que parece tudo resolver.   Eu tolero o Outro, deste que seja um Outro descafeinado também, desprovido de tudo aquilo que possa me incomodar. Não é à toa que, tanto nos Estados Unidos quanto em países europeus, multiplicam-se os cutters, pessoas que se automutilam cortam a própria pele com facas e navalhas. Não é protesto, nem seita, mas a tentativa de restabelecer a conexão consigo mesmo. Não concordo em tudo com Giorgio Agamben (filósofo italiano), mas esse invisível social do qual queremos distância, e até negamos a existência, é uma tendência perigosa da globalização mundial.

Crise virtual, efeito real

Dinheiro para acumular, comprar, gozar. Agora, dinheiro para acalmar os mercados, talvez amanhã para nos livrar do fim do mundo. Certo, mas alguma coisa mudou nesse jogo. Um aspecto que precisamos considerar é a virtualização do dinheiro. Não que se tenha parado de imprimir cédulas, mas virou coisa virtual. Tente imaginar o que seriam, em termos espaciais, US$ 700 bilhões, a ajuda do Tesouro americano aos bancos. Impossível. Mas você acredita que esse dinheiro existe, não? Vivemos dias em que operações financeiras virtualizadas são disparadas para nos poupar de tragédias reais. O dinheiro vai sumir em seu aspecto físico. Vai perder força simbólica e, por isso mesmo, sistemas financeiros tenderão a ficar mais vulneráveis. Lembra do tal bug do milênio? Foi a primeira crise global da pós-modernidade. Disseram que os sistemas tecnológicos, todos, iriam desaparecer. Isso foi um fiasco, mas a crise existiu. Naquela passagem de ano eu estava em Nova York e fiquei ligado no ano-novo que rompia em países do outro lado do mundo. Ok, gente, parece que o ano virou bem na Austrália. Virou bem no Japão... Rudolph Giulianni, que era prefeito de lá, fez um comunicado à população dizendo que estava preparado para qualquer emergência. Depois foi se esconder num abrigo nuclear nas redondezas. Não é o máximo? Precisamos nos habituar a catástrofes em que o real não acontece, mas somos afetados.
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Falsas urgências

Interpretamos a realidade com categorias antigas - liberalismo, marxismo, niilismo, que hoje em dia se diz que está crescendo... Bobagem, nunca fomos tão dispostos a acreditar em alguma coisa. Minha recomendação é: na crise, volte-se para dentro. Volte às teorias. É tempo de pensar. Rejeito as urgências que nos impingem: Oh, meu Deus, tem gente passando fome, estão ameaçando a saúde do planeta, os bancos vão derreter, há um novo vírus.... Chega! É evidente que preciso me preocupar com a pobreza, mas deixe-me pensar sobre o que fazer. Não me imponham o discurso da caridade, que muitas vezes significa faça, mas não pense. É a situação que se criou agora: despejam bilhões em instituições financeiras, sem nem ao menos entender o problema.

Das coisas de Deus

Difícil ser ateu hoje, basta ver como as religiões mobilizam mais do que a política. Por isso eu, ateísta confesso, defendo o legado do cristianismo. A principal função de uma religião é dar sentido à experiência humana. Nesse sentido, é completamente original a idéia do Deus que morre, depois se transforma em Espírito Santo e sobrevive na comunidade dos fiéis. Aquela comunidade de cristãos dos tempos de Cristo foi o primeiro partido revolucionário de que se tem notícia. O poeta Paul Claudel, grande conservador francês, disse: "Deus nada pode sem nós". Isso me fascina, não à toa escrevi três livros sobre cristianismo. Ouviu falar em neuroteologia? É um campo de pesquisa em que, pela manipulação de neurônios, tenta-se despertar no cérebro sensações da experiência religiosa. Neuroteólogos acham que, dentro de anos, teremos a experiência mais transcendental de Deus. Vamos ver.

Darwinismo

Sou a favor. Mas do darwinismo autêntico, não dessas versões que circulam por aí. Autêntico como o de Stephen Jay Gould, que parte do princípio de que a natureza é o grande caos, então você pode vencer por ser mais forte, não por ser melhor. Até porque o meio pode mudar. E, mudando, aquilo que era a minha força, poderá se converter em fraqueza. Questiono esse falatório dos materialistas agressivos, muito na moda nos Estados Unidos, como Richard Dawkins, Daniel Dannett, Christopher Hitchens, Sam Harris. Porque ficou fashion matar Deus. Só que esse materialismo nem sequer reflete o que anda pensando a maioria dos americanos - infelizmente, a maioria continua enlouquecida, acreditando que Deus criou o mundo com hora marcada. Assim como tem a turma do materialismo radical e do criacionismo louco, tem a turma que surfa num orientalismo difuso. Então eu olho para o legado do cristianismo. Que, na sua origem, era ateu.
Que tempos...
Precisamos nos preparar para as panes virtuais que de fato nos afetam. A economia hoje precisa da política, que, por sua vez, mobiliza menos que a religião.


Quem é Slavoj Žižek:
Žižek nasceu em Liubliana, Eslovênia (na época parte da Iugoslávia). Estudou filosofia e sociologia na Universidade de Liubliana e psicanálise na Universidade de Paris VIII com Jacques-Alain Miller e François Regnault. Atualmente, é pesquisador sênior do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, professor do European Graduate School e diretor internacional do Instituto Birbeck de Humanidades, na Universidade de Londres. É conhecido por utilizar em seus estudos o trabalho do psicanalista francês Jacques Lacan para uma nova leitura da cultura popular. Entre seus temas de interesse estão a guerra do Iraque, fundamentalismo, capitalismo, tolerância, correção policial, globalização, subjetividade, direitos humanos, Lênin, mito, ciberespaço, pós-modernismo, multiculturalismo, pós-Marxismo, David Lynch e Alfred Hitchcock.

sábado, setembro 10, 2016

Marxismo e Direito

Título: Marxismo e direito
Subtítulo: um estudo sobre Pachukanis
Autor(a): Márcio Bilharinho Naves
Prefácio: Oswaldo Giacóia Jr.
Páginas: 184
Ano de publicação: 2000
ISBN: 85-85934-63-8

Em Marxismo e direito: um estudo sobre Pachukanis, Márcio Bilharinho Naves faz uma análise das questões levantadas pelo importante jurista soviético Evgeni Pachukanis (1891-1937). Em um texto claro e revelador, situa as idéias do jurista no interior do debate teórico e político no período que vai de 1920 ao final dos anos 1930, na União Soviética.
Pachukanis foi a grande expressão no campo do direito soviético. Nos anos 1920, já revelava o estreito vínculo entre a forma mercantil e a forma jurídica, afirmando a natureza irremediavelmente burguesa do direito. Bloqueando todas as vias de acesso ao reformismo jurídico, Pachukanis sustenta a impossibilidade teórica de um direito "socialista" e recupera, desse modo, toda a radicalidade da crítica empreendida por Marx em O capital.
Marxismo e direito: um estudo sobre Pachukanis apresenta um conteúdo de grande interesse para filósofos, sociólogos, juristas e economistas, bem como para todos os interessados num estudo sério e cientificamente qualificado da filosofia marxista do direito.
O trabalho de Márcio Bilharinho Naves é uma valiosa oportunidade de travar contato com um período de grande efervescência da história jurídica da União Soviética, ainda pouco conhecida do leitor brasileiro. Ademais, retornar a Pachukanis contribui para a tarefa de refletir sobre as possibilidades de resistência às formas de dominação impostas pelas instituições jurídicas.
Sobre o autor
Márcio Bilharinho Naves nasceu em Uberaba (MG) em 1952. Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, doutorou-se em filosofia na Universidade Estadual de Campinas. É autor do livro Marx - ciência e revolução (Moderna/Editora da Unicamp, 2000) e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas.

sexta-feira, setembro 09, 2016

O top tem do escritores do mundo

Os escritores mais bem pagos do mundo, segundo a Forbes


Paula Hawkins, a autora de A Garota do Trem, estreia na lista da Forbes Matt Dunham
Paula Hawkins, a autora de A Garota no Trem, estreia na lista da Forbes
Matt Dunham

James Patterson é o‘camisa amarela’ com lucros de 95 milhões de dólares. Mas a concorrência é forte, de nomes bem conhecidos na famosa lista anual da revista norte-americana

Publicado no Visão
Há de tudo neste pódio dos escritores milionários, bilionários e mais além: autores de thrillers, de literatura fantástica, de séries infantojuvenis, de ficção histórica ou de histórias mais ou menos cor de rosa. São nomes separados de um pelotão constituído por milhares de candidatos aos tops de vendas e às preferências dos leitores, que, por vezes, se revelam inconstantes. Suzanne Collins e Gillian Flynn que o digam: as autoras da famosa saga The Hunger Games/Os Jogos Vorazes e do best seller Gone Girl, respectivamente, ganharam ambas 13 milhões de dólares no ano passado. Depois, os seus lucros mergulharam a pique, dizem os entendidos nestas matérias de tops superlativos (ainda que os admiradores da talentosa Gillian Flynn se preocupem seguramente menos com o tilintar da caixa registradora e mais com a qualidade das suas histórias…)
James Patterson lidera o ranking pelo terceiro ano consecutivo
James Patterson lidera o ranking pelo terceiro ano consecutivo

As contas do ranking foram meticulosamente feitas: somaram-se os livros vendidos, sem esquecer os números obtidos pelo segmento dos e-book e dos audiolivros, acrescentaram-se os lucros originados por televisão e indústria cinematográfica, ouviram-se os autores, os agentes literários, as editoras e outros especialistas da indústria. Os valores obtidos, e agora divulgados pela Forbes, prestigiada revista norte-americana dedicada a temas econômicos, dizem respeito aos ganhos compreendidos entre junho de 2015 e junho de 2016 – antes de descontados os impostos, taxas e taxinhas. Mas o conjunto de catorze escritores contemplados perfazem o astronômico valor de 269 milhões de dólares.
James Patterson lidera a lista dos autores mais lucrativos pela terceira vez consecutiva. Pode dizer-se que trabalhou para o recorde: com a ajuda da sua equipe de co-autores, publicou cerca de doze livros novos durante estes doze meses. Uma presença forte na lista são os escritores que se dedicam igual ou exclusivamente ao público infantojuvenil: J.K. Rowling lucrou 19 milhões de dólares ainda com os dividendos de Harry Potter, tendo agora acrescentado mais um lançamento à saga com a publicação de The Cursed Child; Jeff Kinney vai a caminho do 11º volume de Diário de um Banana, série de sucesso em todos os mercados onde foi lançada; John Green que soma e segue com histórias para jovens adultos, como The Fault in our Stars/A Culpa é das Estrelas; Dan Brown está a ultimar uma versão simplificada, orientada para o público de leitores jovens, do best seller O Código da Vinci.
O Diário de um Banana valeu a Jeff Kinney a presença no ranking
O Diário de um Banana valeu a Jeff Kinney a presença no ranking

A autora mais jovem presente na lista da Forbes é Veronica Roth: a criadora da saga Divergente, que também já tem adaptações cinematográficas, nasceu ‘apenas’ em 1988. Uma veterana de anos recentes, E.L. James, continua a usufruir do sucesso de Cinquenta Tons de Cinza: a autora teve um aumento de vendas de 168% nestes últimos doze meses, devido ao lançamento da versão da história contada pelo personagem masculino.
A nova presença no ranking dos mais vendidos, com um sprint que deixaria qualquer ciclista de cabeça à roda, é Paula Hawkins, autora de The Girl on the Train /A Garota no Trem, um dos livros-fenômeno de 2015, também já adaptado ao cinema. E há nomes cativos neste ranking, que, ano após ano, mantêm posições de destaque: é o caso de Stephen King (que ao longo da sua carreira já somou 450 milhões de dólares), de Nora Roberts (que escreve cerca de cinco a seis livros por ano), de John Grisham (que, desde 1988, publica um livro por ano) ou Danielle Steel (com 129 romances publicados e 650 milhões de exemplares vendidos).

Veja a lista completa dos escritores contemplados na lista da Forbes:

1. James Patterson $95 milhões de dólares
2. Jeff Kinney $19.5 milhões
3. J.K. Rowling $19 milhões
4. John Grisham $18 milhões
5. Stephen King $15 milhões
5. Danielle Steel $15 milhões
5. Nora Roberts $15 milhões
8. E.L. James $14 milhões
9. Veronica Roth $10 milhões
9. John Green $10 milhões
9. Paula Hawkins $10 milhões
12. George R.R. Martin $9.5 milhões
12. Dan Brown $9.5 milhões
12. Rick Riordan $9.5 milhões

quinta-feira, agosto 18, 2016

5 lições que “A Revolução dos Bichos” nos ensinou

A fábula distópica de George Orwell, autor de 1984, é uma aula sobre o início do século 20

POR BRUNO VAIANO*

 (Foto: YouTube/Divulgação)
Em 17 de agosto de 1945 a obra a A Revolução dos Bichos ("Animal Farm") era publicada na Inglaterra. Na fábula distópica de George Orwell, autor do também clássico 1984, um grupo de animais revolucionários toma o poder dos donos humanos de uma fazenda e organiza um regime igualitário e justo no local. O equilíbrio é ameaçado, porém, por uma dupla de porcos totalitários. Não darei mais spoilers, leiam!
O livro é uma sátira ácida das práticas do ditador Joseph Stálin e da própria história da União Soviética, feito por um socialista democrático crítico ao que o regime instituído pela Revolução Russa se tornara. E está, claro, repleto de lições sobre o que foi o mundo no meio século 20. Essas são algumas delas. 
1. Que a tradução de um título pode ser um spoiler
Em inglês, o título da fábula ácida de Orwell é mais simples: "Animal Farm", que em tradução literal é algo como “fazenda dos animais”. Ou seja, não diz nada sobre o fato de que os animais da fazenda em questão organizariam uma revolução.
Em Portugal, os tradutores também não foram menos cruéis que aquele amigo dos comentários de uma matéria sobre Stranger Things. Houve a versão “A Quinta dos Animais”, idêntica ao inglês – “quinta” é fazenda em português de Portugal –, mas também houve o comprometedor “O Triunfo dos Porcos”.
É difícil discordar do apelo das versões lusófonas. Afinal, entre as incontáveis opções de uma livraria, você escolheria uma menção discreta ao fato de que há animais em uma fazenda ou uma promessa de guerra civil no chiqueiro? Pois é. O título pouco revelador da edição original, porém, não impediu que ele se tornasse um hit literário do pós-guerra, cujas vendas continuam aumentando até hoje (Trump, alguém?).
2. Que alianças diplomáticas e militares não se baseiam em ideais, mas em interesses
Orwell foi combatente na Guerra Civil Espanhola, espécie de “ensaio” para a Segunda Guerra Mundial que foi coberto também pelo então repórter Ernest Hemingway. Lá, conheceu de perto o horror propagado pelo exército soviético de Stálin – e percebeu que o sanguinário regime totalitário não tinha nada a ver com o socialismo democrático em que acreditava.
Para piorar a situação, a aliança formada entre Inglaterra e União Soviética para combater a Hitler – é difícil de acreditar que logo após o final da guerra a suposta “amizade” diplomática se tornaria a Guerra Fria – gerou uma cartilha de práticas midiáticas que tinham o intuito reabilitar a imagem da URSS no imaginário britânico. A ideia era fazer a população acreditar que o “terror vermelho” – que entre execuções em massa, trabalhos forçados e fome foi responsável pela morte de algo entre três milhões e 60 milhões de soviéticos – era uma invenção da propaganda nazista, justificando a aliança.
Orwell, que na época trabalhava no grupo de mídia BBC, pediu demissão, e escreveu o livro motivado a revelar, de maneira velada e alegórica, o real caráter do regime stalinista.

3. Que rock n’ roll e literatura são uma ótima combinação
Não foram só leitores comuns que aprenderam muito com A Revolução dos Bichos. No topo da lista de ídolos que fizeram música inspirada na obra de Orwell está o Pink Floyd com o álbum Animals. Em 1987 o R.E.M. escreveu a canção "Disturbance at the Heron House" com o escritor britânico em mente, às vésperas do anúncio de que o conservador George H. W. Bush– pai do Bush que era presidente na época dos ataques de 11 de setembro – iria concorrer à presidência.
O grupo punk The Clash usou uma imagem de uma animação inspirada no livro de Orwell como capa do single "English Civil War", lançado em 1979, e em uma menção mais discreta, o Radiohead cita a obra em um dos versos da canção "Optimistic".
 (Foto: Divulgação)
4. Que na guerra a liberdade de expressão é muito relativa
Não houve censura estatal instituída formalmente na Inglaterra durante a Segunda Guerra. Mas o medo de discordar da posição governamental gerou um notável processo de autocensura, completamente voluntário. Poucas editoras, durante o conflito, teriam coragem de manchar a própria imagem junto ao Ministério da Informação publicando obras que ameaçassem, mesmo que de forma velada, a visão positiva da opinião pública sobre a aliança entre Estados Unidos, URSS e Inglaterra.
Orwell afirmaria posteriormente, em um artigo escrito na revista Partisan Review, que “agora é impossível imprimir qualquer coisa que se oponha demais à Rússia. Livros contrários à Rússia aparecem por aí, mas a maioria é de editoras católicas e tem um ponto de vista religioso e reacionário.”
5. Que força física sem consciência política não significa nada
Orwell teve a ideia para sua fábula distópica após se dar conta de que o ser humano é capaz de domar e comandar animais pelo fato de que eles, apesar de mais fortes, não têm consciência de que estão sendo dominados, e que uma relação parecida se estabelecia entre patrões e o proletariado.
Ou seja, se serviu do próprio princípio da fábula, a inversão entre o papel humano e o animal, como paralelo para a organização do trabalho na sociedade capitalista, para então demonstrar que as relações de poder que se formariam entre os próprios proletários após a revolução poderiam deturpar o ideal socialista. Uma aula de história. 
*Sob supervisão de Nathan Fernandes.
veja aqui dublado https://www.youtube.com/watch?v=2ygQBkmMfqY

via Galileu

documentários para entender o universo

Bem além de Cosmos: 12 dicas de documentários



Crédito da Imagem: New Universe.
Os fãs de documentários científicos tiveram um motivo para comemorar neste ano: a continuidade da série Cosmos. Sob o comando do astrofísico Neil deGrasse Tyson, Cosmos: A Spacetime Odyssey já teve 12 de 13 episódios da temporada exibidos nos Estados Unidos – o último será no próximo domingo, dia oito. A audiência média da atração no país, aliás, é de aproximadamente quatro milhões de telespectadores.
Alheio a números e expectativas, fato é que há vida além de Cosmos. Muita vida! As últimas cinco décadas reservaram inúmeras produções televisivas que abordam variados assuntos sobre astronomia e áreas correlatas.
Por conta disso, o Universo Racionalista escutou a opinião de 12 pessoas ligadas à ciência sobre seus documentários prediletos. 
Nesta lista estão Denis Oliveira Damazio, do Observatório Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN), e o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes.
Leia. E assista.

Finding Life Beyond the Earth

Gênero: Documentário
Ano: 2011
Episódio do documentário Nova (aproximadamente duas horas)
Transmissão: PBS
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bruna-mayatoBruna Mayato – Estudante de Astronomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro-fundadora do Núcleo de Pesquisa de Ciência (Nupesc)
Indico Finding life beyond the Earth (Encontrando vida além da Terra), um documentário muito interessante sobre a área que pretendo seguir, que é a astrobiologia. Nessa produção é abordada todas as principais pesquisas e descobertas para compreendermos não só como a vida surgiu no nosso planeta, como também pode surgir em outros planetas ou se já existe”


Space Race
Gênero: Docudrama
Ano: 2005
Episódios / Tempo total: quatro / aproximadamente quatro horas
Transmissão: BBC One
marcelo-souzaMarcelo Souza – Doutor em Física e divulgador científico no Clube de Astronomia Louis Cruls (RJ)
“O documentário da BBC sobre a história da conquista espacial é imperdível, principalmente as histórias da disputa entre Sergei Korolev (engenheiro chefe do programa soviético) e Wernher von Braun (diretor do Marshall Space Flight Center). É um relato muito bom feito mesmo sem nunca terem se conhecido e o von Braun não ter ideia quem era o responsável pelo programa espacial soviético”


E=mc2: Einstein’s Big Idea
Gênero: Docudrama
Ano: 2005
Episódios / Tempo total: um / aproximadamente duas horas
Transmissão: BBC Four
manel-martinsManel Martins – Físico de partículas e membro do Instituto de Física do Reino Unido (IOP)
“Explica o Princípio da conservação e o estudo da inércia/gravitação ao longo da história, ambos de forma magistral. Há um pequeno vídeo da equipa do Observatório Fermi sobre dois fótons que chegam ao mesmo tempo, um de alto (raios gama) e outro de baixo (microondas), níveis de Energia e cuja observação foi contra o que eu pensava se iria detectar.
Destaco Einstein Big idea porque a Natureza não é, de fato, como eu gostava ou queria que fosse. Demonstra bem que a ciência não é feita de opinião”

Life on Earth: A Natural History by David Attenborough
Gênero: Documentário
Ano: 1979
Episódios / Tempo total: 13 / aproximadamente 12 horas
Transmissão: BBC Two
denis-damazioDenis Oliveira Damazio – Coordenador no experimento ATLAS da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) e físico no Laboratório Nacional de Brookhaven
“Nas minhas fases mais para o lado da Biologia é por onde eu gosto de ‘revisar’ as coisas. Essencialmente, essa produção traz fatos ultra relevantes pra compreender a evolução das espécies. Logo, serve como uma boa base antes de estudar a teoria”

The Mechanical Universe (O Universo Mecânico)
Gênero: Telecurso
Ano: 1986 a 1987
Episódios: 52
Transmissão: PBS (TV Cultura, no Brasil)
douglas-rodriguesDouglas Rodrigues – Estudante de física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), divulgador científico e fundador do Universo Racionalista
Universo Mecânico é sensacional. Embora antigo, a maneira como eles ensinam a física me atrai. E mostram também a história por de trás da equação”
When We Left Earth: The NASA Missions
Gênero: Documentário
Ano: 2008
Episódios / tempo total: seis / seis horas
Transmissão: Discovery Channel
charles-northropCharles T. Northrop – Supervisor do Observatório Highland Road Park, nos Estados Unidos
“Transmite o que nós somos capazes quando temos um propósito. Esse documentário destaca os triunfos e as tragédias ocorridas com a NASA, além de como essa paixão tem continuado a explorar os limites do espaço. Embora nascido das dores da Guerra Fria, a NASA, ao longo das últimas décadas, tem continuado a exploração do grande desconhecido além de nosso porto seguro e faz isso por meio de esforços pacíficos”.


The Universe (O Universo)
Gênero: Documentário
Ano: Desde 2007
Episódios/ Tempo total: 82 / aproximadamente 50 horas
Transmissão: History Channel
silvino-astronomoSilvino Souza – Astrônomo no Observatório Astronômico de Brusque (Santa Catarina)
“As narrativas são feitas por um pessoal competente e especializado, de fácil didática. É muito bem produzido”


The Big Bang Theory
Gênero: Sitcom
Ano: Desde 2007
Episódios / Tempo total: 152 / aproximadamente 50 horas
Transmissão: CBS
cibele-sidneyCibele Sidney – Professora de física e matemática, colunista do site do Instituo de Astronomia e Pesquisas Espaciais (www.inape.org.br)
“Eu adoro esse seriado, pela ciência. O sarcasmo em Big Bang Theory é cativante e eles conseguem ser sarcásticos sem erros conceituais, o que não acontece, inclusive, em documentários”


Gênero: Talk show
Ano: 1988
Duração: 52 minutos
Transmissão: BBC
guilherme-passosGuilherme Passos – Estudante de Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e divulgador científico 
“O conteúdo mais surpreendente que vi é a entrevista onde participam Carl Sagan, Stephen Hawking e Arthur C. Clarke. É incrível ver três das maiores autoridades na divulgação científica, debatendo e concordando sobre os mais diversos assuntos e podendo informar a milhões de pessoas sobre questões da ciência”

Gênero: Minisérie
Ano: 1998
Episódios / Tempo total: 12 / nove horas
Transmissão: HBO
joseph-marteleurJoseph Marteleur – Presidente da Federação Francófona de Astrônomos Amadores da Bélgica
“Essa produção é bem feita e foca o lado humano do projeto”

Through the Wormhole (Através do Buraco de Minhoca)
Gênero: Documentário
Ano: Desde 2010
Episódios / Tempo total: 52 / aproximadamente 35 horas
Transmissão: Science (Discovery Corporation)
sergio-sanceveroSérgio Sacani Sancevero – Doutor em geociências e divulgador científico
“Conseguiu explorar bem as coisas novas da astronomia. Depois de Cosmos é o que tratou melhor os temas da astronomia e astrofísica com uma ótima produção e boas referências”

E, por fim, um “bônus” muito especial.

Cosmos: A Personal Voyage

Gênero: Documentário
Ano: 1980 (transmissão). Produção ocorreu em 1978 e 1979.
Episódios (duração): 13 (uma hora cada)
Transmissão: PBS
marcos-pontesMarcos Cesar Pontes – Tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB). Primeiro astronauta brasileiro.
“Assisti muito ao seriado Cosmos. Foi parte de minha inspiração para dirigir minha vida para a ciência, tecnologia e educação!”

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