sábado, novembro 25, 2006

Acesso a banda larga no Brasil está próximo de desenvolvidos

Quais os limites da inclusão informacional? As questões que estão abertas é porque o mundo não acaba com a miséria... Uma das chaves para isso está na inclusão informacional. Capacitar as pessoas a lidar com a informação em um mundo complexo cheio de paradoxos e contradições. Saber usar a informação é definido pela capacidade de fazer escolhas e criar novas opções de forma individual e coletiva. Por um mundo melhor. Héberle Babêtto Veja o exemplo o seguinte exemplo:
As empresas brasileiras estão próximas das suas concorrentes em países desenvolvidos no que diz respeito ao acesso à internet em banda larga. Pelo menos 58% das empresas do país com mais de dez funcionários usam internet rápida, de acordo com dados de 2005 do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Nos países desenvolvidos, esse índice é de 63%, segundo a Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento). O dado consta de um relatório divulgado nesta quinta-feira, que define o acesso à banda larga para empresas como tão vital quanto serviços como água e luz. "Com banda larga, você interage com o cliente de uma forma mais eficiente e mais rápida", afirma um dos autores do relatório, Angel Gonzalez Sanz, em entrevista à BBC Brasil. De acordo com o relatório, a diferença no acesso à banda larga revela uma nova dimensão da chamada divisão digital existente entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento. Sem restrição no tipo de acesso, o total de empresas conectadas à internet sobre para 96,26%, segundo dados do ministério. Domicílios Se as empresas brasileiras parecem estar praticamente em pé de igualdade com as do exterior, as estatísticas sobre domicílios deixam claro que a divisão digital também afeta o Brasil. Os dados gerais da Unctad, que incluem empresas e domicílios, indicam que a taxa de penetração da internet no Brasil era de apenas 19,5% em 2005 - embora a própria entidade cite dados do governo brasileiro que indicam que 24,4% da população tinha acesso à internet em casa ou no trabalho. "O problema número 1 na América Latina, e certamente no Brasil, é a desigualdade", afirma Sanz. "Quando você observa os dados, percebe que a penetração da internet nas camadas sociais mais altas é equivalente aos países desenvolvidos", diz o especialista, acrescentando que a taxa cai drasticamente nas camadas mais pobres. Ainda assim, o país está relativamente bem colocado na comparação com outros países em desenvolvimento. Segundo a Unctad, 80 de um grupo de 151 países em desenvolvimento nem tinham estatísticas sobre o acesso de empresas à internet em banda larga. Entre os 71 que forneceram os dados, 48 tinham taxas de penetração inferiores a 2,9%. Comércio A entidade diz ainda que o menor acesso à banda larga faz com que os países em desenvolvimento saiam perdendo, por exemplo, em comércio - que, nos países desenvolvidos, vem sendo feito cada vez mais via internet. "Para se tornarem mais competitivos na economia mundial e estimularem o crescimento econômico, os países em desenvolvimento claramente precisam ter melhor acesso à banda larga", afirma a entidade, que estima que o acesso ao tipo mais rápido de conexão à rede possa gerar bilhões de dólares à economia de um país anualmente. O relatório também associa o uso das tecnologias de informação, cujo benefício máximo seria obtido com o uso da banda larga, ao aumento de produtividade. "Há um número cada vez maior de sinais em países desenvolvidos e em desenvolvimento de que a adoção de tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês) por empresas ajuda a acelerar o crescimento da produtividade, que é essencial para sustentar a geração de renda e emprego", afirma a Unctad. ICT é o nome dado a tecnologias usadas no processamento de informações, ou seja, para armazenar, converter e transmitir dados via computador. Segundo a entidade, o uso dessas tecnologias é ainda mais útil em países em desenvolvimento, que poderiam melhorar a sua competitividade no mundo. Para Angel Sanz, o Brasil está bem colocado em relação a outros países da América Latina, destacando-se no uso de serviços bancários on line, nos sites governamentais (e serviços oferecidos por eles) e em setores específicos como o automotivo - embora, neste caso, as transações se dêem mais entre fornecedores do que em vendas ao consumidor final.
Carolina Glycerio De São Paulo

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