sábado, novembro 25, 2006

Toshiba cria impressora com 'papel' reutilizável

A Toshiba desenvolveu uma impressora que usa "papel" de plástico que pode ser reutilizado centenas de vezes.

Segundo Toshiba, impressora pode ajudar a reduzir emissões de CO2
A fabricante de produtos eletrônicos disse que a impressora poderá ajudar empresas a reduzirem suas emissões de carbono, ajudando a reduzir a quantidade de papel consumido. Segundo a Toshiba, a máquina foi projetada para atender às necessidades de empresas, mas pode ser útil ainda para todos os usuários que não precisem manter cópias permanentes de documentos. Alguns especialistas do setor afirmam que as empresas podem achar difícil se acostumar ao papel reutilizável. Custo O papel utilizado pela impressora B-SX8R é feito de um material plástico conhecido como tereftalato de polietileno - o mesmo tipo empregado em garrafas de refrigerantes gasosos. Sobre ele há uma camada de pigmentos químicos sensíveis ao calor que, sob determinadas condições, pode ficar branco ou preto. Ao se alterar a temperatura e o período de resfriamento deste pigmento, torna-se possível escrever ou apagar gráficos ou textos em preto e branco. A impressora pode produzir até 12 páginas por minuto e tem uma resolução de impressão de 12 pontos por milímetro. Um porta-voz da Toshiba TEC Europa, Mike Keane, disse que sob condições normais de trabalho, uma folha de papel "plástico" pode ser utilizada 500 vezes. A tecnologia de impressão térmica utilizada no modelo B-SX8R surgiu na década de 70 e era empregada em máquinas de fax. "Nada disso é realmente tecnologia nova", disse ele. "É tecnologia que já está estabelecida." Desde que as empresas reutilizem as folhas cerca de 500 vezes, o modelo B-SX8R tem um custo operacional comparável às impressoras laser de uso industrial, afirmou Keane. Atualmente uma unidade de papel "plástico" (conhecido como PET) custa cerca de US$ 10. Segundo ele, a máquina economizará ao máximo se adotar processos que garantam que o PET seja reutilizado. Keane disse ainda que a impressora não tem o objetivo de substituir as que usam papel, mas provavelmente poderá ser útil em processos como a elaboração de listas de artigos a serem recolhidos em armazéns, por exemplo. Em tais casos, não há necessidade de se manter um registro permanente, de acordo com o representante da Toshiba. Mais ecológica? Pesquisa realizada pela Toshiba sugere que empresas podem reduzir suas emissões de carbono de duas formas ao adotarem a impressora, disse Keane. Primeiramente, disse ele, o processo de produção do modelo B-SX8R gera cerca de 1,5 quilo de emissões de gás carbônico - o processo de impressoras a laser geram até 6,5 kg de emissões do gás. Em segundo lugar, isto ajuda as empresas a usarem menos papel e reduz a quantidade que elas têm que reciclar, contribuindo para reduzir as emissões pelas quais são responsáveis. Mas Jeff Cooper, que preside o Comitê Técnico e Científico da Associação Internacional de Lixo Sólido, questinou a vantagem ecológica da nova impressora . Segundo Cooper, a utilização de papel "plástico" para documentos envolveria "a substituição de uma fonte renovável para uma predominantemente não renovável". Ele também disse que a adaptação ao uso da impressora pode ser um problema e levantou dúvidas sobre a análise da Toshiba sobre o custo da utilização de papel em comparação à B-SX8R. Cooper argumenta que não foram levados em conta devidamente os custos envolvidos no armazenamento do papel "plástico" por um longo período. O modelo B-SX8R está disponível no Japão desde julho passado, mas a Toshiba disse que só poderá lançar o produto na Europa depois de 2008. A Toshiba disse que divulgou os detalhes para despertar o interesse de empresas européias no produto e começar um processo de adaptação da impressora para o novo mercado, tendo em vista regulamentação européia.

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