Dados digitais possuem um
enorme valor para a inovação, mas isso é apenas uma possibilidade que precisa
das condições certas para se manifestar. Uma das
principais condições é que esses dados sejam acessíveis! Acreditamos que a
cultura Open Data atende às principais demandas da sociedade: transparência,
descentralização de poder, economia de recursos, equidade, acessibilidade,
solução para problemas mais difíceis etc. Compartilhar dados não é uma ideia
nova, mas está se tornando vital! Vamos falar sobre isso?
O início do século 21 marca um período extremamente interessante. De um lado, vemos muitos problemas claros e presentes que, como este ensaio irá discutir, mostram uma gravitação acelerando em direção a consequências mais negativas, tanto ambientais como sociais. No entanto, por outro lado, uma orientação para soluções sempre presente, e acelerando, tecnicamente, revela muito potencial para mudar o curso para melhor, as possibilidades positivas futuras, parecem profundas e sem limites.
O início do século 21 marca um período extremamente interessante. De um lado, vemos muitos problemas claros e presentes que, como este ensaio irá discutir, mostram uma gravitação acelerando em direção a consequências mais negativas, tanto ambientais como sociais. No entanto, por outro lado, uma orientação para soluções sempre presente, e acelerando, tecnicamente, revela muito potencial para mudar o curso para melhor, as possibilidades positivas futuras, parecem profundas e sem limites.
Para
o observador casual, a ideia de que "o pior já passou", em relação à
evolução da cultura humana, pode parecer intuitivamente precisa, dependendo de
onde se reside no planeta. Temos visto um aumento global da expectativa de
vida, um declínio geral na violência comportamental, [813] um padrão ascendente
do nível de vida em geral, no mundo ocidental, juntamente com uma cultura
global que em geral está amadurecendo, que foi caminhando para longe de vastos
períodos de intolerância, sexismo, racismo e nacionalismo, promovendo, ainda,
uma consciência global tão necessária.
No
entanto, a verdade sobre a questão é que qualquer "progresso" social
dessa espécie, especificamente a elevação geral do padrão de vida, ocorrendo
devido à nossa engenhosidade tecnológica, está, na verdade, amalgamado dentro
de uma estrutura altamente prejudicial que acaba de começar a realmente
revelar-se como tal. Estes problemas que estão surgindo são de natureza
científica, não ideológica. O fato é que o capitalismo de mercado, não importa
como você deseje regulamentá-lo ou não regulamentá-lo, contém falhas
estruturais graves, que sempre, de uma forma ou de outra, irão perpetuar o
abuso ambiental e a desestabilização, junto com o desrespeito humano e a
desigualdade cáustica.
Conforme
expresso mais extensamente em outros ensaios, este conceito de mercado/comércio
manifestou-se a partir de uma condição ambiental que via todas as coisas
materiais no mundo como universalmente escassas. Isso forjou um sistema de
valores competitivo e, invariavelmente explorador que gera certas tendências e
comprometimentos comportamentais que estão desalinhados com a ordem natural da
realidade, como por exemplo nossos modernos entendimentos ambientais e
sociológicos. [814]
A
diferença entre o efeito do capitalismo hoje e no século XVI é que a nossa
capacidade técnica para acelerar e ampliar rapidamente este processo
competitivo e explorador trouxe à tona consequências que simplesmente não
podiam ser reconhecidas ou mesmo antecipadas durante aqueles períodos anteriores.
Hoje, estamos vendo o surgimento dessas tendências anteriormente ocultas em
pleno vigor, e o resultado final é que o que atualmente vemos como progresso
provavelmente será superado, com o tempo, pela força de ordem maior dos
princípios prejudiciais e inadequados do capitalismo. É como uma onda enorme
que tem estado em curso para bater em um navio por um tempo muito longo e não
importa quão bem desenvolvido e organizado esse navio é, ele não é páreo para
esta força maior da natureza.
Talvez
o exemplo mais notável disso é o fato de que virtualmente todos os sistemas de
apoio à vida estão em declínio. [815][816] Realmente não importa quantas
pessoas conseguiram um estilo de vida cobiçado, ideal, de classe alta se ele
está ocorrendo por trás de métodos insustentáveis. É simplesmente uma questão
de tempo antes dos efeitos do esgotamento de recursos; perda de biodiversidade
e poluição evoluírem para destruir essa ilusão de sucesso.
Da mesma forma,
embora possa ser verdade que vimos um declínio na violência, genocídio em massa
e as anteriormente enormes fatalidades comuns à guerra global, precisamos dar
um passo ainda mais para trás e lembrar da própria causalidade, não a mera
tendência de redução. Se a escassez de recursos e estratégia geo-econômica têm
sido a causa da maioria dos conflitos nacionais do mundo no passado (coisa que
ela foi), então tudo o que é necessário é que essa pré-condição se
re-materialize. O rápido declínio das relações homem-ambiente nas últimas
décadas está preparando o palco para isso mais uma vez.
A
guerra do Iraque em 2003, segundo alguns analistas, foi uma guerra de recursos
por petróleo, e isso é bastante difícil de negar quando a evidência é pesada.
[817] Há pouca dúvida de que se o mundo se deparasse com escassez real de
energia, água, alimentos, minérios, na medida em que isso afetasse
profundamente as economias dos maiores poderes nacionais, nós regrediríamos
rapidamente de volta à guerra mundial e casualidades em massa, sem mencionar a
agitação civil em massa também. Hoje, todas as maiores superpotências continuam
a aumentar armamentos e poder de fogo claramente em preparação para tais
eventos. [818]
Em
um nível diferente, quase paradoxalmente, as mesmas coisas que têm ajudado a
sociedade a aumentar o seu nível de vida, ciência e tecnologia, estão também
impulsionando a sua crescente vulnerabilidade em direção à destruição. Enquanto
a ciência pode, por um lado, iluminar os alinhamentos naturais aos quais nós,
como uma espécie precisamos aderir para encontrarmos o equilíbrio com o habitat
e uns com os outros, ela também pode ser usada localmente e de forma restrita,
dentro do contexto da distorcida estrutura de incentivos que o mercado
perpetua, para criar e acelerar consequências destrutivas e desumanas. A bomba
atômica é um extremo dessa realidade. Nossa capacidade aumentada e de alta
tecnologia para destruir a biodiversidade de forma mais eficiente,
sobreutilizar nossos recursos e poluir, é outra.
Em
alguns aspectos, o rápido desenvolvimento da ciência e da tecnologia está empurrando
a humanidade para um impasse. É como se a espécie estivesse marchando mais para
trás no ápice de um triângulo tridimensional, deitado de costas, com as suas
bordas inclinando para baixo rapidamente, uma vez que sejam ultrapassadas. Um
lado é uma aceleração negativa para o declínio social e ecológico e o outro,
uma aceleração positiva para uma era de abundância, equilíbrio, paz e
progresso. Conforme o tempo avança, quanto mais longe nos movemos de volta a
este ápice, menos espaço temos. Em algum momento, nós vamos sucumbir para um
lado ou para o outro.
Trecho
de:
17. DESESTABILIZAÇÃO SOCIAL E TRANSIÇÃO
"Estou
convencido de que, se quisermos ficar no lado correto da revolução mundial,
nós... devemos passar por uma revolução radical de valores... devemos começar
rapidamente a mudança de uma sociedade orientada para as coisas a uma sociedade
orientada para as pessoas. Quando as máquinas e os computadores, razões de
lucro e os direitos de propriedade são considerados mais importantes do que as
pessoas, os trigêmeos gigantes do racismo, do materialismo extremo e do
militarismo são incapazes de serem vencidos." [812] - Dr. Martin Luther
King Jr. -
[.pdf, .mobi e .epub]: http://blog.movimentozeitgeist.com.br/tzm-defined-uma-nova-forma-de-pensar/
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