"Quando o regime ordenou que fossem queimados publicamente os livros que continham saber pernicioso e em toda parte fizeram bois arrastarem carros de livros para as pilhas em fogo, um poeta perseguido, um dos melhores, estudando a lista dos livros queimados descobriu, horrorizado, que os seus haviam sido esquecidos.
A cólera o fez correr célere até sua mesa e escrever uma carta aos donos do poder.
Queimem-me!
Escreveu com pena veloz.
Queimem-me! Não me façam uma coisa dessas! Não me deixem de lado! Eu não relatei sempre a verdade em meus livros? E agora tratam-me como um mentiroso!
Eu lhes ordeno: Queimem-me!"
Verbrennt mich!
Bertolt Brecht, 1933
Bertolt Brecht, 1933
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