terça-feira, março 27, 2007

Libido Já!

Britânicas receberão adesivo de desejo sexual na rede pública




Muitas mulheres têm menopausa precoce devido a cirurgias

O serviço público de saúde da Grã-Bretanha (NHS, na sigla em inglês) vai colocar à disposição das pacientes um adesivo que aumentaria o desejo sexual em mulheres.
Será o primeiro tratamento para mulheres com pouco desejo sexual, mas o fabricante - Procter and Gamble - alega que este medicamento não está sendo promovido como o equivalente feminino do Viagra.
O adesivo - chamado Intrinsa - será disponível apenas com receita para mulheres que tiveram menopausa precoce devido a alguma cirurgia.
Médicos afirmam que não existe um "conserto rápido" para baixo desejo sexual, e o tratamento médico é apenas uma parte da terapia.
Cerca de um milhão de britânicas tiveram menopausa precoce devido à cirurgia para remover os ovários durante histerectomia - cirurgia para remover o útero - para tratamento de sangramentos graves e dores pélvicas, segundo a Procter and Gamble.
Este procedimento leva a uma diminuição na testosterona (hormônio sexual masculino), que existe naturalmente na mulher e que é um importante mediador do desejo sexual.
Um terço destas mulheres acabam sofrendo de queda no desejo sexual. Elas terão direito ao tratamento.
O Intrinsa é um adesivo transparente usado no abdômen e libera uma pequena dose de testosterona.
Testes com mais de 500 mulheres que passaram por histerectomia mostraram que o adesivo levou a um aumento de 74% em sexo satisfatório.
O adesivo será disponibilizado na rede pública de saúde britânica a partir de abril.
'Razões complexas'
Nick Panay, do grupo de apoio para mulheres com menopausa precoce Daisy Network, afirmou que o baixo desejo sexual em mulheres que passaram por estas cirurgias pode causar um grande sofrimento e preocupação a respeito de seus relacionamentos.
"Intrinsa oferece verdadeira esperança médica para estas mulheres já que estudos mostraram que o adesivo aumenta o desejo sexual e a atividade sexual satisfatória, enquanto reduz o sofrimento associado", disse.
Mas médicos afirmam que o medicamento não trata das "razões complexas" da queda do desejo sexual.
"Existe uma variedade de razões para a queda do desejo sexual, como razões psicológicas e do ambiente que a pessoa está, por exemplo. Médicos deverão olhar para todas estas razões, não apenas apelar para um único tratamento médico", disse Jim Kennedy, porta-voz do setor de receitas do Royal College.

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