terça-feira, janeiro 12, 2016

Aparelhos ‘falam’ entre si para ajudar o usuário

Assistente virtual em casa recebe comandos até do carro


Baladeira. Geladeira da Whirpool refrigera e faz gelo mais rápido em “modo festa”


LAS VEGAS, EUA. Chegar do trabalho e encontrar a luz da garagem acesa, a televisão conectada no Netflix e a sala na temperatura ideal. Abrir a geladeira, encontrá-la vazia e não sentir o estômago roncar: seu carro já havia avisado dos itens faltantes e você os encomendou no caminho. Esse é o cenário que a indústria de tecnologia projeta oferecer em um futuro não muito distante. Se, no ano passado, a conferência de tecnologia CES, que acontece em Las Vegas, atraiu multidões aos estandes dos carros que se dirigem sozinhos, neste os veículos sem motorista encontraram um par: as casas que se autogerenciam. E eles podem atuar juntos.

O tour pela casa do futuro começa no automóvel, em um Ford equipado com o sistema de bordo Sync. Ao notar, pelo GPS, que o carro se aproxima da casa, o computador avisa a Alexa, a assistente virtual da Amazon, parecida com a Siri do iPhone. Ela abre a porta da garagem e acendeas luzes da sala. Prevista para chegar em 2016, a integração entre os veículos da montadora e o Amazon Echo – dispositivo que funciona como voz e ouvidos da Alexa – permite também o sentido inverso: a assistente poderá dar comandos ao carro.
                           LG abre quando alguém se aproxima


“Alexa, dê partida no meu Ford”, precisou repetir o vice-presidente de produto da Amazon, Greg Hart. Assim como os milhares de dispositivos de reconhecimento de voz que se espalharam pelos estandes da CES, a assistente ainda exige frases curtas e claras e, às vezes, paciência – não muito diferente da Siri e do Now, do Google.

Na cozinha, é possível preparar o jantar ouvindo música por streaming, ou vendo receitas na tela de 21,5 polegadas da Family Hub Refrigerator, da Samsung. A geladeira também poderá, de acordo com a empresa sul-coreana, gerenciar as tarefas da família, mostrar recados e fotos, e, por meio de câmeras no interior do aparelho, mostrar aos moradores da casa quais itens estão acabando. O preço, no entanto, será é bem maior que a das versões tradicionais: algo em torno de US$ 5.000 (ou R$ 20 mil).

Saber se as geladeiras inteligentes vão, de fato, fazer parte das cozinhas do futuro é algo para os próximos anos. A situação é parecida com a das TVs 8K que chegam aos poucos no mercado, enquanto as 4K ainda estão se estabelecendo. Antes delas, a smart TVs já haviam alcançados os lares, mas, novidades na CES de cerca de cinco anos atrás, as 3Ds não convenceram.
Geladeira da Samsung tem câmera interna e avisa pelo celular sobre estoque

Geladeira conectada é destaque em feira

LAS VEGAS
.Todos os anos, os visitantes da CES, considerada a maior feira de tecnologia do mundo, se espremem e encaram filas de mais de uma hora para as apresentações de grandes fabricantes como Samsung, LG e Sony. A multidão espera por novos smartphones, TVs, tablets e, mais recentemente, carros. Neste ano, esperou pacientemente para ver geladeiras.

Terminada a CES 2016, no último sábado, a impressão é a de que um dos embates mais vibrantes aconteceu entre os refrigeradores inteligentes da Samsung e da LG. As geladeiras, agora, são capazes de gerenciar a agenda de toda a família.

A Family Hub, da Samsung, tem um centro de comando central para a casa na sua tela sensível ao toque de 21,5 polegadas. Três câmeras embutidas tiram uma foto do interior do refrigerador toda vez que a porta está fechada, para que os consumidores possam sempre ver o que eles têm por meio do smartphone. Já a da LG, cuja porta parece um smartphone gigante, fica transparente para exibir seu interior.
Flash
Mercado
. A Associação de Tecnologia para Consumidores (CTA) projeta que, em 2016, o mercado de casas inteligentes deve chegar à receita de US$ 1,2 bilhão, alta de 21% ante 2015. E isso apenas com aparelhos como sensores e fechaduras.





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