Rio de Janeiro. Parte do trabalho de Domício Proença Filho, presidente recém-empossado da Academia Brasileira de Letras, está relacionado à implantação do Acordo Ortográfico, que entra em vigor oficialmente no Brasil em 1º de janeiro de 2016. Depois de anos de críticas e adiamentos, Portugal adotou o acordo em maio de 2015, mas as novas regras ainda são criticadas no país europeu.
A ABL teve participação ativa na difusão do acordo no Brasil. Para Proença, as polêmicas sobre o acordo serão superadas. “O acordo tem uma dimensão linguística, mas é também um fato político, que pretende unir os povos lusófonos. O Brasil fez mais concessões do que Portugal, que acabou reagindo com mais ênfase contra o acordo. Mas desde maio ele foi plenamente adotado lá. E aqui, mesmo antes do prazo oficial, já havia sido abraçado por escolas, editoras e imprensa. O acordo só muda a roupa das palavras. A língua continua tal como ela é e vai continuar mudando a partir da dinâmica da sociedade e da cultura”, opina.
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