domingo, dezembro 20, 2015

Programa de start-ups do governo seleciona candidatas a incentivo

Estrangeiros podem participar, mas atividades serão em BH

As start-ups interessadas em participar da terceira rodada do programa estadual Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed) já podem acessar o edital na página Minas Digital do governo do Estado. Serão selecionados 40 projetos que poderão receber, durante os seis meses que dura o projeto, de R$ 68 mil a R$ 80 mil. O programa não aconteceu em 2015 e vem, em 2016, com valores próximos aos da edição de 2014, segundo informa o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Dias. O valor máximo liberado para esta rodada é de R$ 5,25 milhões.

“Muito importante a volta do Seed. É um reconhecimento, pelo governo do Estado, da importância do setor de tecnologia na economia mineira”, afirma o gerente de acesso a inovação e sustentabilidade do Sebrae-MG, Anízio Dutra Vianna.

Para Leonardo Dias, o programa foi priorizado em um “momento de ajuste econômico” por atender uma mercado que está em crescimento. “O segmento de tecnologia ainda está contratando, está em expansão, e queremos potencializar a economia do Estado por meio do programa”, explica. A condução do projeto será da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Não se trata de um orçamento próprio. São recursos que já estavam disponíveis”, diz o subsecretário.

O edital está aberto para empresas brasileiras e internacionais, mas as atividades, durante o programa devem acontecer na capital mineira. “Queremos trazer start-ups de outros países para gerar um intercâmbio. Tanto de conhecimento de fora para as empresas mineiras como mostrar para equipes do exterior o que estamos gerando aqui”, afirma Dias.

As inscrições para o programa acontecem de 8 de janeiro a 3 de fevereiro. A seleção terá três fases, com um primeiro corte dos 160 melhores, depois 60 finalistas, de onde sairão os 40 projetos contemplados. O resultado será divulgado a partir do dia 30 de março, e o programa inicia suas atividades em maio.

Entre as novidades da rodada, Dias destaca a diminuição da burocracia para prestar conta. “Antes, as empresas contratavam como um órgão público, tinham que apresentar três orçamentos para comprar um componente. Estamos fazendo o processo agora com bolsas. O controle continua, já que reuniões bimestrais de avaliação vão acontecer”, explica Dias. 
Novo espaço
Apoio
. A mudança do Seed para o espaço Centoequatro, na Praça da Estação, visa desenvolver a região, segundo o subsecretário Leonardo Dias. O programa funcionava no bairro de Lourdes.
Como participar da seleção
Edital

Disponível no site minasdigital.mg.gov.br em português e inglês

Submissão
Os projetos serão cadastrados apenas por meio do formulário eletrônico do site do programa. O período de submissão é das 9h de 8 de janeiro, até as 23h59 de 3 fevereiro de 2016.

Perfil
Equipes de dois ou três empreendedores, com idade mínima de 18 anos, brasileiros ou estrangeiros em condição de permanecer no Brasil pelo período de participação no programa, e têm que pertencer a uma única equipe proponente

Número de projetos
No máximo 40

Valores por projeto
De R$ 68 mil a R$ 80 mil

Duração da rodada
Seis meses

Avaliação
Será feita em três etapas. Primeiro 160 projetos serão selecionados. Depois 60 e, por fim, 40.

Flash
Pós-aceleração.
 O Google iniciará em 2016 um programa de pós-aceleração de start-ups brasileiras de tecnologia, por meio do qual pretende investir US$ 1 milhão por ano em 15 projetos. Os selecionados terão capital, aluguel de espaços de coworking e custos de viagem e estadia na sede do Google.
Mercado de tecnologia ajudou na retomada do programa

A força das start-ups em Minas Gerais foi importante para resgatar o programa Seed pelo governo do Estado, na opinião do gerente de acesso a inovação e sustentabilidade de Sebrae-MG, Anízio Dutra Vianna. “O fato de termos em Minas Gerais um sistema maduro de start-ups, referência em todo o Brasil, com o San Pedro Valley, fez com que o governo retomasse o programa e valorizasse o que está sendo construído aqui”, diz Vianna.

“A gente tem o vale do Silício como referência de sucesso no mercado de tecnologia. Mas a primeira incubadora nasceu lá, o movimento de start-ups surgiu lá, foi construído”, compara Vianna.

Para o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Dias, o Seed deve ser visto como uma política permanente. “Estamos criando um ambiente de aproximação com outras entidades do Estado, como a Fiemg, Sebrae, Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Não é um programa de um governo, mas do Estado”, completa. 

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