Como medir o impacto das ações de nossa unidade de informação?
Que métricas podemos usar para monitorar levar a qualidade dos serviços e ampliar sua pegada sócio econômica, cultural e espiritual...
Como pensar Local e Agir Global,
Agir local, com impacto Global?
Héberle Babetto
Que métricas podemos usar para monitorar levar a qualidade dos serviços e ampliar sua pegada sócio econômica, cultural e espiritual...
Como pensar Local e Agir Global,
Agir local, com impacto Global?
Héberle Babetto
Para o leitor que ainda não está familiarizado com a sigla, IDH significa Índice de Desenvolvimento Humano e é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população ou país. O Brasil ocupa a 85ª posição neste índice em um total de 186 países analisados.
Este índice é composto a partir de dados de três fontes: da expectativa de vida ao nascer (uma vida longa e saudável); o acesso à educação (anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade) e o padrão de vida da população a partir do produto interno bruto (PIB). A cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas.
Para o leitor ter uma pequena ideia da evolução do Brasil em relação a este índice, em 2012 ocupávamos a posição de número 80 no ranking mundial. Em 2013, ganhamos uma posição e fomos para 79ª posição no desenvolvimento humano. Este ano, mantivemos na mesma posição de 2014 – 85ª posição, ou seja, pioramos. Mesmo assim, estamos em faixa que é considerada como de “elevado desenvolvimento humano”. De 1980 a 2012, houve aumento de 11 anos na expectativa de vida e a média de anos estudados aumentou em 4,6 anos. Realmente, uma melhora, mas ainda pouco para nós, brasileiros. O IDH brasileiro fica abaixo de países como Cuba, Argentina, Uruguai e Venezuela. Perdemos também, imagine só, para a Líbia – país do norte da África de onde atualmente saem todos os dias refugiados, em direção à Itália, da guerra civil que assola o país há vários anos, em busca justamente de condições dignas de vida.
Porém, quando olhamos o IDH em relação à carga tributária, a vergonha é ainda pior. O Brasil ficou em último lugar num ranking que mede o retorno dos impostos pagos pelos cidadãos. A lista considerou os 30 países com a maior carga tributária do mundo, e comparou os impostos arrecadados com o retorno obtido com serviços como saúde e educação. O resultado é alarmante para os brasileiros. O país ficou em 30º lugar na lista, atrás de Argentina e Uruguai novamente, os únicos latino-americanos que também foram considerados no ranking. Importante frisar que esta é a quinta vez que o país fica na lanterna. Para efeitos comparativos, o primeiro do ranking é a Austrália, que mesmo com uma carga tributária alta (27,3% do PIB – contra 35% do Brasil) entrega uma alta qualidade de serviços à sua população.
A diferença entre nós e países com IDH alto está justamente nesta entrega de serviços públicos de qualidade, como saúde, educação, segurança e transporte dignos. Existe um descaso do governo para com a população. A mentira é o alicerce das campanhas políticas e o uso do dinheiro público em causa própria parece não ter limites. Enquanto os larápios estão soltos, continuo sonhando com uma Brasil perfeito: uma educação canadense, um transporte público parisiense, uma segurança japonesa e uma saúde pública sueca.
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