domingo, dezembro 03, 2006

A convergência nas telinhas Por Bárbara Oliveira "Os celulares poderão substituir vários dispositivos multimídia ao mesmo tempo à medida que ampliam seus recursos" As inovações para transformar o celular num dispositivo multiuso em substituição aos outros gadgets como câmeras, MP3, computador de mão e até backup de arquivos, graças ao aumento de suas memórias, não param. Novos chips se incorporam aos aparelhos para que ele fale no mundo inteiro em várias freqüências e em redes velozes. Além do fato, de a indústria estar correndo contra o tempo para equipar os telefones com processadores e antenas capazes de captarem sinais de tevê aberta e digital.Na Europa, Ásia e Estados Unidos estão sendo feitos trials nos padrões DVB-H (europeu), MediaFLO (desenvolvido pela Qualcomm nos Estados Unidos) e DMB (na Coréia), mas no Brasil a tevê aberta pelo padrão ISDB (japonês) na telinha do telefone ainda não tem data certa porque o sistema só deverá estar funcionando nos televisores fixos a partir de 2008. A Gradiente promete para 2008 seu celular pronto para receber os sinais da TV Digital. É esperar para ver. A Qualcomm é uma das fabricantes mais interessadas nessa convergência dos aparelhos móveis pois criou um chip capaz de captar sinais de tevê em três padrões (o europeu, o japonês e o Flo) na mesma plataforma. Estudos do IMS Research dão conta de que em 2011 haverá 500 milhões de assinantes de tevê pelo celular. Outras pesquisas, divulgadas pela Qualcomm, indicam que 25% dos assinantes querem ver vídeos e tevê ao vivo na telinha e que pagariam, nos Estados Unidos, até US$ 35 mensais pelos conteúdos de esportes. A empresa anunciou, há poucos dias, um chip único para redes velozes de 3,5 geração WCDMA e HSDPA (com velocidade que chegam a 3,6 Mbps) num mesmo aparelho e com suporte a vários recursos: USB 2.0, câmeras de 3 Mpixel e codecs para diversos formatos de arquivos. A Samsung também aposta pesado na convergência ao anunciar uma nova versão de seu aparelho SGH-9000, com HD de 30 GB e suporte à rede sem fio de longo alcance WiMax, além de uma tela de LCD de 5 polegadas. O modelo em sua versão anterior já suportava o padrão de tevê T-DMB coreano. Para permitir aparelhos ainda mais finos do que já estão, a fabricante desenvolveu um visor de LCD com espessura de um cartão de crédito, com 0,82 mm, e que vai equipar as próximas gerações de telefones móveis. O novo painel vai permitir aos fabricantes reduzirem de 1,4 mm a 2,4 mm a espessura dos telefones, além de ser mais resistente. *Bárbara Oliveira é repórter de tecnologia e ex-editora de informática do Jornal da Tarde.

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