domingo, dezembro 03, 2006

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Justiça nega habeas-corpus a fundadores da Renascer Agência Estado
O desembargador Ubiratan Arruda, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou ontem, em caráter temporário, um pedido de habeas-corpus para suspender a prisão preventiva de Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, fundadores da Igreja Renascer em Cristo. O casal teve prisão decretada porque não compareceu à audiência em um processo no qual os dois são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro arrecadado em cultos e estelionato contra fiéis. A defesa dos Hernandes enviou atestado médico para o juiz titular da 1ª Vara Criminal, Antonio Paulo Rossi, afirmando que o casal não compareceu à audiência porque Estevam teria sido acometido por um derrame ocular. O juiz considerou a justifica insuficiente e decretou a prisão preventiva pedida por promotores do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ao entrar com recurso para derrubar a prisão preventiva, os fundadores da Renascer enviaram ao Tribunal de Justiça um relatório médico mais detalhado. O desembargador, então, enviou o relatório para ser analisado pelo juiz da primeira instância e, em seu despacho, afirmou que só julga o recurso depois de receber a resposta. Os Hernandes foram procurados o dia todo por três equipes do departamento de capturas da Polícia Civil. Até as 20 horas, não haviam sido encontrados. Uma nota de esclarecimento aos fiéis da Igreja foi exibida nos canais de TV e emissoras de rádio que pertencem à Rede Gospel, administrada pela Igreja Renascer. Nela, Estevam Hernandes afirma que não foi a audiência por ter "sido acometido por derrame ocular, diagnosticado e já tratado" e que "o quadro apresentado reclamava vários cuidados médicos e assistência pessoal da bispa Sonia". O texto afirma ainda que "o decreto de prisão não deve permanecer, posto que não atende ao que determina a legislação brasileira, que prevê ausência por força maior, sem ônus ou gravame processual para o acusado. Todas as medidas judiciais estão sendo tomadas para reverter essa ordem de prisão que acreditamos será revista em respeito à lei e à confiança que depositamos na Justiça". A nota é encerrada com a frase: "o Brasil será o maior país evangélico do mundo". Além dos Hernandes, a polícia procura pelos irmãos Antonio Carlos Ayres Abbud, Ricardo Abbud e Leonardo Abbud, sócios do casal nas dez empresas investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro.

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