A abertura oficial será às 19h, mas as bancas da área infantil e juvenil estarão funcionando a partir das 9h30min
Para este ano, a Feira projetou um orçamento de cerca de R$ 2 milhões, cifra um terço menor do que 2014Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
— As dificuldades que se desenharam ao longo do ano foram muitas, mas desde o princípio nos preparamos para fazer uma Feira mais racionalizada, porém nunca menor — disse o presidente da CRL, Marco Cena Lopes, na coletiva de imprensa desta semana que apresentou a programação.
Depois que a tradicional Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo foi cancelada e até mesmo a badalada Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)teve o menor orçamento da década, ficou claro que este é um ano difícil para eventos literários. Mas não o suficiente para intimidar a Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL).
Apesar de também sentir os efeitos da retração econômica, a entidade leva a partir desta sexta-feira mais uma Feira do Livro à Praça da Alfândega. A abertura oficial será às 19h, mas as bancas estarão funcionando a partir das 9h30min (área infantil e juvenil) e 12h30min (geral e internacional). O evento segue até 15 de novembro.
— As dificuldades que se desenharam ao longo do ano foram muitas, mas desde o princípio nos preparamos para fazer uma Feira mais racionalizada, porém nunca menor — disse o presidente da CRL, Marco Cena Lopes, na coletiva de imprensa desta semana que apresentou a programação.
Por conta do ano difícil, a Feira projetou um orçamento de cerca de R$ 2 milhões, cifra um terço menor do que o ano anterior. O valor só foi alcançado duas semanas antes do evento, quando a Petrobras confirmou que daria continuidade ao patrocínio dado ao setor infantil desde 1998.
— Sabe quando perguntam se você que ir a algum lugar com emoção ou sem emoção? Chegamos até a Feira com muita emoção — comentou Marco Cena.
A falta de recursos obrigou a CRL a fazer um corte no número de funcionários e no valor gasto com estruturas — algumas bancas, por exemplo, foram aproximadas para que a cobertura de lonas não precisasse ser estendida. Além disso, atrações como Emicida e Arnaldo Antunes foram canceladas.
Para driblar as dificuldades desta e das próximas edições, a Feira do Livro tem como estratégia se aproximar cada vez mais do público e de outras instituições. As grandes atrações internacionais deste ano, por exemplo, foram garantidas com o apoio de embaixadas e institutos de cooperação. É o caso dos portugueses Almeida Faria e José Luís Peixoto, do espanhol Eduardo Jáuregui e do alemão Uwe Timm.
Já o público passou a ser conclamado para contribuir diretamente com doações para a Feira. Neste ano, o estande do Conselho Regional de Administração do RS vai orientar os visitantes a doar valores devidos ao Imposto de Renda para o evento — cada pessoa física pode investir em projetos culturais até 6% do imposto a recolher, no valor mínimo de R$ 100.
Com o tema “livros ajudam a pensar”, a 61ª edição da Feira busca reafirmar que, em um mundo no qual a informação é cada vez mais difusa, os livros têm o poder de aprofundar discussões e fazê-las avançar.
Nos anúncios publicitários e materiais gráficos, estão perguntas sobre a descriminalização das drogas e a redução da maioridade penal, entre outras questões polêmicas.
— Como bem cultural, o livro tem de ser reavaliado. Precisamos colocar o pensamento no centro das decisões — afirma o poeta Dilan Camargo, patrono neste ano.
Com o tema “livros ajudam a pensar”, a 61ª edição da Feira busca reafirmar que, em um mundo no qual a informação é cada vez mais difusa, os livros têm o poder de aprofundar discussões e fazê-las avançar.
Nos anúncios publicitários e materiais gráficos, estão perguntas sobre a descriminalização das drogas e a redução da maioridade penal, entre outras questões polêmicas.
— Como bem cultural, o livro tem de ser reavaliado. Precisamos colocar o pensamento no centro das decisões — afirma o poeta Dilan Camargo, patrono neste ano.
Para levar à Praça o debate público que ocorre na internet e outras plataformas, a CRL convidou participantes que não temem tocar em questões polêmica, como o cantor Tico Santa Cruz, que vem se destacando em discussões sobre política nas redes sociais; o cartunista espanhol Kap (apelido de Jaume Capdevila), conhecido pelo olhar satírico sobre temas contemporâneos; e a francesa Annick Cojean, jornalista do Le Monde e autora de O Harém de Kadafi, que trata da vida das mulheres sob a ditadura líbia.
— A ideia é demonstrar que os livros vão além da superficialidade dos debates da internet e têm uma perenidade maior que as discussões veiculadas na imprensa — explica Marco Cena.
— A ideia é demonstrar que os livros vão além da superficialidade dos debates da internet e têm uma perenidade maior que as discussões veiculadas na imprensa — explica Marco Cena.
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