Desenhos que buscam representar todos os tipos de mulher têm mais de 240 mil fãs no Facebook
No princípio, o objetivo da ilustradora mineira Carol Rossetti, 27, era só manter “uma conversa de amiga para amiga”. Um ano depois, seus desenhos para o projeto “Mulheres” ganharam quase 240 mil fãs no Facebook, viraram livro homônimo editado pela Sextante, lançado nesta semana, e foram expostos, em maio deste ano, no ciclo de conferências TEDXWomen, na Califórnia.
Protagonizadas por mulheres, as ilustrações de Carol retratam estereótipos que rondam quem tem diferentes idades, etnias e corpos e advogam pelo amor-próprio.
“Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui. Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas”, defende a artista.
Na linha da obra “Eu me Chamo Antônio”, os desenhos da mineira abordam temas (e preconceitos) como amamentação em público, sexualidade e a patrulha que ronda a depilação feminina.
“Fui contando episódios da vida”, conta a ilustradora, que se diz contente com a mudança de atitude que seu trabalho desperta entre leitores.
“Uma vez, uma mãe me escreveu falando que ela aproveitava meus desenhos para conversar com a filha, de 6 anos. Um cara me disse que, depois de vê-los, tinha percebido quanto estava sendo babaca com as mulheres”, diz a autora. Novo projeto. Com a publicação do livro, a mineira conclui a etapa do “Mulheres”. Dedica-se, agora, a aquarelas que devem originar uma história em quadrinhos, ainda sem editora.
- “MULHERES”, Carol Rossetti, EDITORA Sextante, 160 págs. R$ 39,90
- O Tempo
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