sábado, outubro 31, 2015

László Krasznahorkai é o vencedor do Man Booker International Prize

O escritor Mia Couto era um dos finalistas.



Laszlo Krasznahorkai ADRIAN DENNIS/AFP

O escritor húngaro László Krasznahorkai é o vencedor do Man Booker International Prize (MBIP), anunciou nesta terça-feira a organização, que tinha seleccionado para finalista o moçambicano Mia Couto.
Nascido em 1954, Laszlo Krasznahorkai é conhecido pelo romanceSatantango, adaptado para o cinema por Bela Tarr, e The Melancholy of Resistance.
"É um escritor visionário de extraordinária intensidade e alcance vocal que capta a textura de existência actual em cenas que são terríveis, estranhas, terrivelmente cómicas e muitas vezes devastadoramente bonitas", elogiou Marina Warner esta terça-feira, durante uma cerimónia no Museu Victoria and Albert, em Londres.
César Aira (Argentina), Hoda Barakat (Líbano), Maryse Condé (Guadalupe), Amitav Ghosh (Índia), Fanny Howe (Estados Unidos da América), Ibrahim al-Koni (Líbia), Alain Mabanckou (República do Congo) e Marlene van Niekerk (África do Sul) eram os restantes finalistas candidatos ao prémio.
Presidido pela escritora e académica Marina Warner, o júri do prémio MBIP 2015, constituído por escritores e académicos, integra a romancista Nadeem Aslam, a romancista, crítica e professora de Literatura Inglesa na Universidade de Oxford Elleke Boehmer, o director da revista New York Classics Series Edwin Frank e pelo professor de Literatura Árabe Comparada na Universidade de Londres Wen-chin Ouyang.
O prémio, criado em 2004 e no valor de 60.000 libras (83.500 euros), é atribuído de dois em dois anos, tendo sido no passado ganho por escritores como Lydia Davis, Philip Roth, Alice Munro, Chinua Achebe e Ismael Kadare.
Ao contrário do "irmão" Man Booker Prize, o MBIP distingue um autor pelo conjunto da obra e importância a nível internacional e não se centra apenas num livro.
Esta foi a primeira vez em que um autor de língua portuguesa foi seleccionado para a lista de finalistas, o que surpreendeu e honrou o próprio Mia Couto.

"Recebo a notícia com surpresa, seria uma arrogância e de uma vaidade que não posso ter se dissesse o contrário, trata-se de um prémio com prestígio internacional", afirmou o autor de Terra Sonâmbula após receber a notícia em Março.

Fonte: Publico 

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