Casas de pequeno porte levaram sete das nove categorias de premiação nacional
As editoras mineiras Abacatte e Autêntica, ao lado das editoras Mondrongo, Edith, Alameda, Annablume e Arte & Letra foram reconhecidas nacionalmente ontem com a publicação do resultado do Prêmio Biblioteca Nacional no “Diário Oficial da União”. Trabalhando com operações de menor porte, as editoras levaram sete das nove categorias da premiação, deixando espaço para somente duas grandes editoras: Companhia das Letras e Scipione.
A mineira Abacatte, que faz parte do grupo Lê, viu o autor Marcelo Lelis ser premiado pelo livro infantojuvenil “Hortência das Tranças”. A obra conta a história de Hortência, uma menina que viaja carregando uma mala cheia de livros e chama o leitor para conhecer as palavras de grandes autores, como Guimarães Rosa, Miguel de Cervantes e Monteiro Lobato. O diretor do grupo, Alencar Mayrink, que já comemorava nomeação de “O Livro do Acaso”, de Nelson Cruz, como livro do ano pela Academia Brasileira de Letras e sua indicação ao Prêmio Jabuti na categoria ilustração de livro infantil e juvenil, conta do orgulho com o prêmio. “Nós, que não somos um grande conglomerado, temos feito um trabalho que tem o diferencial de ser um pouco mais ousado, um pouco mais apurado. Não publicamos 20 livros por mês. Somos mais voltamos à literatura, sem a obrigação de ser imediatamente comercial”.
Já o grupo Autêntica, também de Belo Horizonte, levou o prêmio de melhor tradução com o trabalho de Guilherme Gontijo Flores em “Elegias”, de Sexto Propércio, autor nascido em 50 a.C. que contou sua história em meio à guerra civil na Úmbria (região italiana).
As outras cinco pequenas editoras brasileiras foram premiadas nas categorias conto, poesia, ensaio social, ensaio literário e projeto gráfico. Às grandes editoras, ficaram duas da principais categorias: romance e literatura juvenil. (com agências)
Nenhum comentário:
Postar um comentário