Tecnologia já muda a forma de exercer a medicina
Robôs-cirurgiões, wearables e telemedicina deixaram de ser promessas e são realidades palpáveis Com robô, médico opera paciente em outro Estado ou país Tecnologia já muda a forma de exercer a medicina
Tecnologia já muda a forma de exercer a medicina
Um dos maiores avanços tecnológicos no campo cirúrgico é a robótica. Dentro dele, o robô da Vinci é um destaque. O equipamento permite uma cirurgia mais precisa e com menos trauma para o paciente.
“O robô tem dois tipos de joysticks pelos quais controlam-se a câmera e os braços robóticos. Na extremidade dos braços, as pinças têm sete graus de liberdade, como a mão humana. Isso faz com que não haja trauma na parede abdominal do paciente, o que gera menos dor”, explica o cirurgião Antonio Luiz Vasconcellos Macedo, cirurgião de excelência em cirurgia robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. A recuperação também é muito mais rápida, e o paciente tem alta no dia seguinte ao procedimento.
Além de permitir uma cirurgia mais precisa e com menos trauma para o paciente, da Vinci ainda permite que o operado esteja a quilômetros de distância do especialista.
“Basta conectar o meu console ao do centro cirúrgico que fará a operação, e eu posso operar um paciente que esteja em outro Estado com colegas locais me ajudando”, diz o médico. Mas, ao lado do paciente, um segundo cirurgião dá assistência e verifica se tudo está correndo como o esperado. O médico acredita que, em dez anos, todas as cirurgias do Brasil serão feitas com robôs. “O doente tem menos complicação, tem alta rapidamente, fica menos dias em UTI. Se colocarmos na ponta do lápis, veremos que é vantajoso para o sistema público”, afirma. (RS)
O filósofo Hipócrates, que viveu no século V a.C., estabeleceu as bases da medicina há cerca de 2.500 anos. De lá para cá, houve muitos avanços em termos de medicações, equipamentos, técnicas cirúrgicas. Mas, pensando bem, a prática da medicina continua a mesma: sempre centrada na figura do médico e sempre dependente do contato físico entre especialista e paciente. Parece, no entanto, que estamos perto de começar a mudar isso. A tecnologia está, finalmente, caminhando para permitir novas formas de se exercer a medicina.
“O que temos visto é que o sistema tradicional é cada vez mais ineficiente. Ele funcionava muito bem quando a tecnologia ainda não bastava para isso, mas agora está se justificando cada vez menos”, considera o médico Vitor Asseituno, CEO da empresa Live Healthcare, que trabalha com inovação na área médica. Assim, soluções como videoconferências, games eletrônicos, realidade aumentada e impressão 3D, entre outras, estão sendo utilizadas para aumentar não só o acesso a tratamentos, mas também sua eficiência.
Uma forte tendência nesse campo são os dispositivos vestíveis (ou wearables, em inglês). O colar Misfit Shine, feito em parceria com a marca de joias Swarowski, mede vários marcadores, como níveis de sono, de atividade física e de batimentos cardíacos, entre outros. “Quando falamos em ‘saúde’, logo pensamos em clínicas e hospitais. Mas alguém tem que pensar também na pessoa saudável. Com esses aparelhos, o indivíduo consegue saber se está com níveis normais de sinais vitais, por exemplo, e ele pode procurar o médico caso note alguma alteração em si mesmo”, pontua Asseituno.
Belo Horizonte. Muitas dessas tecnologias ainda demorarão a chegar por aqui, principalmente por seu alto valor aquisitivo. Mas algumas já estão sendo usadas em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, na clínica do oncologista Volney Soares Lima, diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a equipe médica faz teleconferências com um time de especialistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, nos EUA, para trocar informações e até discutir casos clínicos.
“Temos essa parceria há um ano e meio. Toda terça-feira e uma quinta-feira por mês, nos reunimos com a equipe de lá. Tem sido uma fonte inesgotável de conhecimento, pois ficamos a par dos protocolos mais modernos de tratamento do câncer, temos acesso a pesquisas e outras informações importantes”, conta Lima.
Em uma rede de hospitais, também na capital, a aposta é na multiconectividade. Uma das salas do centro cirúrgico permite que o médico receba informações sobre o paciente enquanto o opera.
“Essa sala possui vários monitores, todos interligados em rede. O médico recebe imagens, pode combinar os exames do paciente para ter mais informações, pode transmitir a cirurgia que está realizando para outros médicos”, explica a vice-presidente assistencial-operacional e diretora clínica da rede, Márcia Salvador Geo.
Essas tecnologias ainda estão disponíveis somente para os pacientes da rede privada e dos planos de saúde. “Como toda tecnologia, ela chega mais cara, mas tende a se baratear e se popularizar. Acredito que vamos ter, sim, entre dez e 20 anos, essas novidades disponíveis na rede pública”, afirma, esperançoso, o médico Vitor Asseituno.
Com robô, médico opera paciente em outro Estado ou país
Um dos maiores avanços tecnológicos no campo cirúrgico é a robótica. Dentro dele, o robô da Vinci é um destaque. O equipamento permite uma cirurgia mais precisa e com menos trauma para o paciente.
“O robô tem dois tipos de 'joysticks' pelos quais controlam-se a câmera e os braços robóticos. Na extremidade dos braços, as pinças têm sete graus de liberdade, como a mão humana. Isso faz com que não haja trauma na parede abdominal do paciente, o que gera menos dor”, explica o cirurgião Antonio Luiz Vasconcellos Macedo, cirurgião de excelência em cirurgia robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. A recuperação também é muito mais rápida, e o paciente tem alta no dia seguinte ao procedimento.
Além de permitir uma cirurgia mais precisa e com menos trauma para o paciente, da Vinci ainda permite que o operado esteja a quilômetros de distância do especialista.
“Basta conectar o meu console ao do centro cirúrgico que fará a operação, e eu posso operar um paciente que esteja em outro Estado com colegas locais me ajudando”, diz o médico. Mas, ao lado do paciente, um segundo cirurgião dá assistência e verifica se tudo está correndo como o esperado. O médico acredita que, em dez anos, todas as cirurgias do Brasil serão feitas com robôs. “O doente tem menos complicação, tem alta rapidamente, fica menos dias em UTI. Se colocarmos na ponta do lápis, veremos que é vantajoso para o sistema público”, afirma.(RS)
Joia de monitoramento. Lançada no ano passado, a joia June tem uma pedra sintética capaz de detectar a quantidade de radiação solar que o usuário tomou no dia, se deve continuar sob o sol, ou se já deve se retirar para a sombra. Além disso, o dispositivo ainda indica se a fotoproteção usada está sendo adequada ou não. Tudo por meio da interação com um app no celular.
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