terça-feira, maio 03, 2011

Limites do paradgima cartesiano e oportunidades de se fazer ciência


Artigos “Belas Adormecidas” acredita que existem!

Termo usado pela primeira vez por Anthony F. J. Van Raan em 2004, definido como conhecimento tardio pelo Dr. Eugene Garfield (ISI), finalmente analisados por Wolfgang Glänzel . São artigos muito pouco citados nos anos próximos à sua publicação, mas depois, tornam-se altamente citados. Chegou-se à criação da equação "Grand Sleeping Beauty Equation". Permite cálculos diversos, mas, a principal é o número de citações por ano, em períodos que "dormiu" e voltou.
São artigos que tem um número de citações inesperado, mas fogem à exceção das regras bibliométricas e das auto-citações. Existe o exemplo do artigo de Redner, publicado na Physical Review em 1935. Artigo que questiona os fundamentos da mecânica quântica de um famoso paper de "Einstein, Podolsky e Rosen (EPR)". Mesmo sendo reconhecido como importante, manteve-se com poucas citações até no final dos anos 80 e início de 90, em que algumas previsões de EPR tiveram como ser testadas.
Belas Adormecidas pode refletir como descobertas prematuras, que a comunidade científica não está preparada para avaliar quando é publicada. Pode também ser um resultado que cai "fora de moda" e sobe a popularidade anos depois. Ou talvez possam ser despertadas por acaso. A ciência é assim.
Fonte: Elsevier Research Trends
Van Raan, A.F.J. (2004) "Sleeping Beauties in science", Scientometrics, Vol. 59, No. 3, pp. 467-472.
Glänzel, W., Balázs, S., Thijs, B. (2003) "Better late than never? On the chance to become highly cited only beyond the standard bibliometric time horizon", Scientometrics, Vol. 58, No. 3, pp. 571-586.
Redner, S. (2005) "Citation Statistics from 110 years of Physical Review", Physics Today, June, pp. 49-54.

fonte:

Nenhum comentário: