sexta-feira, outubro 30, 2015

Estrela de milhões no YouTube, Kéfera lança livro de crônicas: "Não me arrependi de nada"

Youtuber lançou "Muito mais que 5inco minutos" e está em segundo lugar na lista de mais vendidos do mês, na Publish News


Kéfera Buchmann mantém canal com 6,2 milhões de seguidores. 

Diante de uma multidão comovida com a presença dela na Bienal do Rio, em setembro, Kéfera Buchmann caiu no choro - mas não perdeu o timing das selfies, já com maquiagem borrada, ao lado dos fãs. Estava emocionada, explicou depois, com a euforia de uma pequena parcela (algumas centenas de pessoas) dos 6,2 milhões de seguidores que a acompanham no Youtube, onde ganhou fama.Dona do canal 5inco minutos, Kéfera faz parte de um grupo de youtubers populares que, nos últimos meses, estendem as crônicas gravadas em vídeo para a literatura. Em entrevista ao Viver, fala sobre o livro recém-lançado,Muito mais que 5inco minutos, a reação dos leitores, os projetos para o futuro e os conselhos que daria à Kéfera do passado, anônima e vítima de bullying. Enquanto isso, acumula 53,

ENTREVISTA: Kéfera Buchmann

Como tem sido a reação dos fãs? Algum comentário ou reação te chamou mais a atenção? Alguma declaração te levou a repensar algo que tivesse escrito?
A reação tem sido bem boa. Eu já ouvi muitas coisas positivas, a galera falando que foi uma terapia ler o livro, que passam pelo que eu passei. Muitos pais entendendo melhor os filhos, muitas pessoas que estavam precisando de terapia, e acabaram tendo uma ajuda extra lendo o livro e vendo como a minha cabeça se transformou ao longo dos anos. Eu não me arrependi de nada que escrevi, achei que ficou bem legal. Até queria ter tido mais textos, mais coisas publicadas, mas eu preferi deixar para um segundo livro.

Kéfera já acumula crônicas para o segundo livro. Foto: Cia. das Letras/Divulgação
O que a Kéfera de anos passados, que ainda não era famosa, te diria hoje? Trocariam algum conselho? 

Eu acho que a Kéfera do passado agradeceria, porque agora as coisas estão dando certo - ainda bem. Algumas dúvidas foram selecionadas, grilos que eu tinha e passaram. Eu acho que se eu pudesse dar um conselho para a Kéfera do passado, seria: mantenha a calma, que vai ficar tudo bem. 

Outras figuras famosas do Youtube têm lançado livros nos últimos meses. Vê isso como uma tendência? Acredita que os livros complementem ou formalizem o que dizem na internet?

Eu acho isso muito legal, porque a gente acaba incentivando a leitura. Hoje em dia está tudo muito concentrado na internet. Então acho que é bacana a gente retomar esse hábito das pessoas sentarem longe de tela de computador, de celular e pegar um livro, pegar no material mesmo. Eu acho que é uma tendência que realmente está acontecendo. Tem muitas pessoas da internet, de todos os segmentos, maquiagem, culinária, vloggers mesmo, que estão lançando livros. E eu acho que vai ser cada vez maior o número de pessoas investindo nesse formato.


Quais cuidados tomou para a produção do texto dessa obra? Houve alguma recomendação editorial quanto à linguagem? Quanto aos assuntos?

Eu tive liberdade total da editora para escrever do jeito que eu quisesse. No final, a gente só deu aqueles retoques. Tirou algum palavrão a mais, algo que estivesse sobrando, que não estivesse ajudando no texto. Tiramos algumas histórias para deixar para o segundo livro. Não houve nenhuma recomendação em relação à linguagem. O processo foi bem solto, bem fácil. Foi bem prazeroso porque em nenhum momento me podaram. 

Em relação ao espetáculo (Deixa eu te contar), quanto tempo levou a construção da performance? Como organizaram os ensaios, a montagem da peça? 
O espetáculo não é difícil de ser feito. Ele é fácil. Porque sou eu e a Bruna, nós duas como somos na vida. Então a gente só decorou o texto, não teve nenhum tempo de ensaio, nenhuma construção de personagem, porque somos nós duas em cena, se divertindo e fazendo a plateia dar risada. Então a gente ensaiou pouco, foi um mês de ensaios em que a gente decorou o texto, teve marcação. Mas muitas coisas a gente mudou ao longo dos meses que estamos em cartaz com a peça, viajando pelo Brasil. A gente adaptou muitas coisas, a gente mudou o texto, praticamente 70%. A gente muda as piadas, a partir de cada região. A gente acrescenta elementos que ajudem a plateia a se identificar. Isso gera uma aproximação, a gente acaba ficando mais próxima das pessoas, porque a gente faz uma piada regional. Foi tudo muito tranquilo.
Larissa Lins - Diario de Pernambuco

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